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Todo manual do candidato costuma trazer os critérios que orientam a maior parte das bancas examinadoras, afinal cada instituição adota critérios diferentes para a avaliação de redação.

Entretanto, é comum entre as bancas permitir que o candidato faça um exercício de leitura, seleção de informação, estabelecimento de relações e elaboração de hipóteses. Hoje, na maioria das provas, incluindo Enem, UFPR, PUC e Unicamp, a banca espera que o candidato que escreve um texto argumentativo, por exemplo, seja bem informado apresente capacidade de lidar com temas atuais, ou seja, mostre boa capacidade de pensar e se expressar.

Não são poucas as pessoas que imaginam que uma redação bem escrita se define pela correção da linguagem. Embora seja muito importante escrever com correção, tal qualidade não basta para uma boa produção. Tomemos o exemplo de dois enunciados corretos, com o mesmo sentido.

1. Muita gente já viu pessoas as quais defendem certas causas que até são justas, mas que, na hora de defendê-las, não têm argumentos e aí mais atrapalham do que ajudam. Exemplo disso são os pedagogos.

2. Nada pior para uma boa causa do que maus defensores: é o que acontece com a Pedagogia.

Não é difícil notar que os dois enunciados são gramaticalmente corretos e falam do mesmo assunto, no entanto o segundo possui maior concisão, clareza e simplicidade.

Portanto, a expectativa da banca reside na conciliação entre forma e conteúdo, isto é, um bom texto deve abranger textualidade (adequação ao gênero do texto solicitado, progressão textual, coerência, informatividade, adequação vocabular, etc.) com correção linguística (pontuação, morfossintaxe, ortografia).

Por outro lado, entre os erros mais comuns descartados de cara pelas bancas de correção de textos, estão a caligrafia ilegível, fuga ao gênero proposto e colagem de textos, em que o candidato copia frases inteiras da coletânea.

O que é preciso ter em mente é que nenhuma banca examinadora é caça-talento de novos escritores. Elas, na verdade, pretendem avaliar a capacidade de articular conhecimentos com obediência às características de cada gênero, pois bom escritor não é aquele que escreve correto, mas o que sabe escolher para o seu texto os recursos necessários à sua intenção

*Professora do Colégio Marista Paranaense.

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