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Silvano Andrade foi um dos prejudicados pelos erros de impressão do Enem 2010 | Antonio More/ Gazeta do Povo
Silvano Andrade foi um dos prejudicados pelos erros de impressão do Enem 2010| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

Os problemas nos dois dias de aplicação do Enem não se restringiram à impressão. As medidas de segurança também variaram conforme os ficais e os locais de prova. Embora o Inep tenha proibido o uso de relógio, lápis, borracha e lapiseira, decisão criticada por vários candidatos, Rafaela Colla Sguario, 17 anos, disse que em sua sala os fiscais permitiram a utilização. "Os fiscais disseram que podíamos usar, mas, como o Inep havia proibido, eu não tinha trazido", afirmou a estudante, que fez as provas na Faculdade Fa­­cet, em Curitiba. Quanto ao re­­­lógio, ela contou que foram permitidos os aparelhos analógicos.

Rafaela disse que não havia relógio na sala e que os fiscais não anotavam no quadro as horas restantes para o término da prova, o que dificultou o controle do tempo.

As orientações quanto aos celulares também divergiram. Segundo Nicole Rasera, 17 anos, que também fez prova na Facet, os alunos puderam permanecer com os telefones, mas tiveram de retirar as baterias na frente dos fiscais. Na sala de Sílvio Adriano Weber, 32 anos, a orientação foi desligar os aparelhos. Mesmo assim, o telefone de um candidato tocou no início da prova e o estudante não foi eliminado. "O celular foi apanhado e a fiscal disse que deveria ter anulado a prova, mas acabou perdoando. O telefone ficou na mesa dos fiscais e ali tocou mais duas vezes", reclama. Sílvio fez as provas na Faculdade Spei. Ele disse que quando foi ao banheiro não passou por revista ou detectores de metais.

A mesma situação ocorreu com um repórter do jornal JC On Line, do Recife. Ele entrou no local de prova com um celular. Antes do horário mínimo para a saída dos estudantes, foi até o banheiro e passou um torpedo para o jornal com o tema da redação. Segundo o Inep, o caso foi levado à Polícia Federal. Pelo Twitter, o órgão afirmou que o repórter pode ser processado, por ter cometido "ato ilícito ao atentar contra as regras do certame".

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