Enem para detentos
Também nesta quarta-feira (15) começa a aplicação de provas do Enem para presidiários ou adolescentes que cumprem medidas socioeducativas privados de liberdade. No total, segundo o Inep, há 15 mil candidatos inscritos em cerca de 500 unidades prisionais. No ano passado, 10.698 presidiários fizeram o Enem.
Hoje serão aplicadas as avaliações de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Na quinta-feira (16) será a vez dos testes de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias.
Os gabaritos das provas objetivas aplicadas nos presídios serão divulgados na página do Inep até o segundo dia útil seguinte da realização das provas.
Entenda o caso
O MEC decidiu reaplicar as provas de ciências humanas e ciências da natureza depois de uma série de reclamações que alunos que fizeram o exame no dia 6 de novembro. No caderno de provas da cor amarelo havia erros de impressão, questões repetidas e fora da sequência.
O ministério convocou apenas os candidatos tiveram seus problemas registrados em ata pelos fiscais que aplicaram a prova. Para identificá-los, de acordo com o Inep, houve um levantamento nas atas de 116.626 locais de prova. Inicialmente, o ministério anunciou que somente 2.817 estudantes teriam direito ao novo exame.
Os estudantes que solicitarem terão à disposição uma declaração de comparecimento para justificar a ausência ao trabalho, segundo o Inep.
Começou nesta quarta-feira (15), às 13 horas, a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para os alunos prejudicados por erros de impressão na versão amarela das provas de Ciências Humanas e da Natureza. Os estudantes terão até as 17h30 para resolver 90 questões de múltipla escolha.
Fernanda Cristina Pereira, 18 anos, recebeu a prova com problemas e foi convocada para refazer o Enem. Ela contou antes do teste de hoje que aproveitou o período entre os dois exames para reforçar os estudos. "Espero que a prova esteja bem feita dessa vez", afirmou a estudante, que está fazendo o exame no Colégio Estadual Hildebrando de Araújo, em Curitiba.
Henrique Guilherme Santos, 18 anos, disse que havia 25 questões com problemas no exame que ele recebeu no dia 6 de novembro. O estudante conversou com a reportagem da Gazeta do Povo enquanto aguardava a abertura das salas de prova. "Como as provas são diferentes, os alunos que estão refazendo o Enem não terão nenhuma vantagem sobre aqueles que não tiveram problemas e não vão resolver novamente o exame", avaliou.
Segundo o site G1, o Ministério da Educação (Mec) informou que 2.620 estudantes devem fazer a nova prova em Curitiba. Na capital paranaense, as provas estão sendo realizadas em pelo menos mais dois locais: Colégio Estadual João Turin, no bairro Água Verde, e nas Faculdades Integradas do Brasil (Unibrasil), no Tarumã.
No Paraná, 95% dos problemas ocorreram em Curitiba. Além da capital, a nova prova está sendo reaplicada em cinco municípios: Goioerê, Guarapuava, Pinhão, Pitanga e Ponta Grossa.
Paraná e Santa Catarina respondem por 60% dos mais de 9,5 mil estudantes convocados para refazer o Enem. Em Santa Catarina 3.477 estudantes devem refazer a prova em 42 municípios, sendo que a maior ocorrência foi nas cidades de Chapecó e Concórdia. No total, o Enem será reaplicado em 218 cidades de 17 estados brasileiros.
Minas Gerais é o terceiro estado com mais problemas. De acordo com as informações que o Mec repassou para o G1, 1.266 alunos em 54 cidades foram convocados para a prova desta quarta. A maioria (636 pessoas) está em Belo Horizonte.
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