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Em 17 cursos da UEM a disputa será maior entre os cotistas no próximo vestibular | Fábio Dias/ Gazeta do Povo
Em 17 cursos da UEM a disputa será maior entre os cotistas no próximo vestibular| Foto: Fábio Dias/ Gazeta do Povo

Pré-seleção

Na UFPR, candidato a cota deve passar na primeira fase

No vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), 20% das vagas em cada curso são destinadas para alunos negros ou pardos e outros 20% para os candidatos que fizeram o ensino fundamental e o médio em escola pública. Só concorrem a essas vagas, no entanto, os candidatos que passarem pela primeira fase. "O sistema de cotas só é utilizado a partir da segunda etapa. Na primeira fase, todos disputam igualmente o vestibular", explicou o coordenador do Núcleo de Concurso da instituição, Raul von der Heyde.

Segundo dados da UFPR, das 999 vagas iniciais previstas para a cota racial no último concurso, foram preenchidas apenas 298. Sem candidatos em condições de ocupar esses postos, as vagas foram remanejadas para outra categoria de inclusão. Em razão disso, 1.585 candidatos foram aprovados pela cota social, que também tinha previsão de selecionar inicialmente 999 estudantes. As vagas restantes foram distribuídas entre os demais candidatos.

UEPG só permite disputa em um sistema

Diferentemente de outras universidade estaduais no Paraná, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) tem um sistema diferenciado para a seleção de estudantes cotistas. O aluno que concorre às vagas destinadas aos negros ou estudantes de escolas públicas só pode ser aprovado nessas modalidades, mesmo que tenha nota para o quadro geral.

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A concorrência entre os candidatos às cotas sociais está aumentando a cada vestibular nas universidades públicas do Paraná, e supera a disputa por vagas normais. No próximo concurso da Universidade Estadual de Maringá (UEM), por exemplo, o Vestibular de Inverno, que será realizado entre os dias 10 e 12 julho, em 17 cursos a disputa é maior entre os cotistas do que entre os estudantes que disputam as vagas universais. O mesmo ocorre na Universidade Estadual de Londrina (UEL), na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e na Universidade Federal do Paraná (UFPR – leia mais nesta página).A UEM oferecerá 1.488 vagas em 63 cursos no Vestibular de Inverno. Deste total, 1.202 vagas são para concorrência geral e 286 para cotistas. O curso noturno de Educação Física é o que tem a maior diferença de concorrência entre as duas modalidades. A disputa é de 27 candidatos por vaga entre cotistas e de 17,9 candidatos por vaga entre não cotistas.

Os outros cursos em que esse fenômeno foi constatado são o noturno de Administração (22,2 candidatos por vaga entre cotistas e 19,5 entre não cotistas), o noturno de Ciências Contábeis (17,2 para cotistas e 13,7 para não cotistas) e Engenharia de Produção (27,5 e 22,7, respectivamente). No Vestibular de Inverno de 2010, a concorrência era maior entre os cotistas em 15 cursos. O curso noturno de Educação Física foi também o destaque no ano passado, com disputa de 30,7 candidatos por vaga entre os cotistas e de 21,1 entre os que disputavam as vagas universais.

O crescimento da concorrência entre cotistas é considerado relevante pelo presidente da Comissão do Vestibular Unificado da UEM, Emerson Arnaut de Toledo. Os cotistas não disputam as vagas apenas para essa modalidade – antes, competem com os candidatos às vagas gerais. "Primeiramente, todos os candidatos inscritos concorrem às vagas para não cotistas. Se o cotista conseguir pontuação suficiente para passar, será aprovado nessa modalidade, para liberar uma vaga de cotista para o candidato que não conseguiu passar", afirma Toledo.

Para o concurso de julho, a UEM registrou o maior número de inscritos e de concorrência. No total 23,8 mil pessoas se candidataram às vagas. A maior concorrência é no curso de Medicina, com 318,1 candidatos por vaga na modalidade de não cotista. A concorrência é de 133,7 entre os cotistas.

O mesmo processo ocorre na UEL, onde até 40% das vagas são destinadas aos estudantes das escolas públicas (20% dessas vagas são reservadas aos estudantes negros). Nos últimos quatro vestibulares, as vagas para cotistas têm sido mais concorridas entre os cursos noturnos e de licenciatura.

Segundo a assessoria de imprensa da UEL, em 2008 o curso de Medicina teve 69 candidatos por vaga para estudantes oriundos de escolas públicas e 64,7 candidatos por vaga universal. Em alguns cursos, como no noturno de Educação Física, a diferença é ainda maior. No bacharelado, neste ano a relação foi de 5,7 candidatos por vaga universal e de 12,5 entre cotistas. Na licenciatura, a relação é de 8,9 candidatos por vaga universal e de 19,1 por vaga com cota.

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O que fazer para manter a chance de candidatos negros e que estudaram em escolas públicas chegarem à universidade, apesar do aumento na concorrência?

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