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Conselhos para recém-formados (e para quem ainda vai chegar lá)

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O fim de um namoro duradouro e a falta de emprego podem trazer os sentimentos mais angustiantes ao jovem que acaba de se formar. Foi em meio a essa atmosfera de esperanças e lamentações que o então recém-formado em Publicidade e Propaganda Felipe Belão Iubel se trancou em casa por 19 dias e escreveu o livro Vitrine de Sonhos (editora Inverso, R$ 20). Depois de seis anos, o agora publicitário e professor universitário lança sua primeira obra, e conversa com a Gazeta do Povo sobre o projeto.

O protagonista de seu livro, Tito Tassus, é um rapaz recém-formado, que não consegue emprego depois de ter saído do estágio. Você também passou por essa situação?

Sim, eu passei um tempo sem trabalhar. Mas eu tinha uma bolsa e continuei investindo na carreira. Essa é uma dificuldade comum, quando o aluno termina a faculdade, nem sempre está encaixado no mercado. Quando o jovem está nessa posição é difícil enxergar as alternativas. Ele está cheio de energia e não consegue dar vasão a ela. O livro retrata um pouco disso também.

Como seu personagem, você também escolheu a Publicidade e Propaganda sem saber se era a área que pretendia seguir?

Entrei na faculdade de Publicidade pensando em fazer Cinema, mas na faculdade percebi que gostava de escrever, encontrei esse meu lado. Durante a faculdade há as dúvidas e isso é normal. As pessoas que se questionam são as mais interessantes, elas estão abertas a mudanças de vida ou a fazer melhor.

Em seis anos você passou das carteiras na faculdade à posição de professor universitário. Como percebe nos jovens de hoje os anseios que teve quando se formou?

Eu falo para os meus alunos que procuro me colocar no lugar deles e relembrar o que eu passava. São as mesmas angústias. É difícil ter projetos para o futuro, é uma época em que se sente um tanto imortal e as paixões, os relacionamentos parecem trazer todas as repostas. Fora isso, a carreira é de sonhos. O jovem imagina que vai ser o melhor, mas não enxerga o trabalho todo que vai dar para chegar lá. Mas, se não tiver sonhos e projetos de futuro, ele não vai crescer como pessoa, como ser humano. Uma das grandes coisas do livro é mostrar que não dá para separar profissão e amor por pessoas especias.

Até agora já deu pra receber o retorno dos leitores? E suas angústias pós-faculdade, estão resolvidas?

Lá pelo terceiro capítulo do livro comecei a imaginar as pessoas se encontrando nas páginas, então eu escrevi para ajudar quem estivesse passando por isso. O retorno mais legal que recebi até hoje foi quando me disseram que eu era muito corajoso. Publicar o livro foi mais difícil que arranjar emprego como publicitário. Com o material pronto, enviei para todas as grandes e médias editoras, levei muitos nãos. Mas hoje tenho esse sonho realizado. Naquele tempo eu não tinha ideia de como resolver aqueles problemas; hoje eles estão em outros níveis, pois vão surgindo novas situações e vamos ganhando maturidade para enfrentar tudo de forma diferente. Mas o importante para quem está nessa fase é ter paciência e investir na carreira, procurar professores e profissionais do mercado que conhece, manter uma boa relação e não perder o contato.

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