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As aulas já recomeçaram e quem quer garantir uma vaga na universidade não pode perder tempo. Mas, depois de um período tão longo de férias, a readaptação à rotina de estudos pode fazer penar o mais preparado dos vestibas. Foi por isso que o Caderno Vestibular convocou especialistas que dão dicas para ajudar a sacudir a poeira e preparar o esqueleto para encarar as horas sobre a apostila. Preparado?

Alimentação esperta

Pular o café da manhã, prática comum entre os estudantes, é perigoso para quem precisa estar com todo o pique, segundo a nutricionista Ana Beatriz Barrella, da RG Nutri. "O café da manhã saudável é essencial para ter energia já no início do dia e pode ser um pão, bolacha ou cereais matinais. Sem esquecer do leite ou iogurte, já que o cálcio é superimportante, pois adolescentes ainda estão em fase de crescimento", diz.

Ana Beatriz lembra também que no meio da tarde e da manhã não dá para ficar em jejum. "Como os jovens não gostam muito de carregar frutas, pode ser uma barrinha de cereais, um queijo processado ou até caixinha longa vida de suco ou leite aromatizado".

Agora, pra quem almoça fora, é bom resistir à tentação de recorrer a fast-foods e preferir restaurantes por quilo. "Assim dá para ter certeza de que se está consumindo alimentos de todos os grupos necessários", diz Ana Beatriz. E cuidado com a alimentação pesada, ou sua disposição pode ir embora rapidinho.

Agite o corpo

De acordo com a neurologista Márcia Assis, as atividades físicas favorecem o organismo como um todo. "Se exercitar ajuda ainda o estudante a se manter mais relaxado e a reduzir a ansiedade", diz. E a frequência deve ser diária, segundo o ortopedista Ricardo Yabumoto. "Não dá para ser atleta só de vez em quando. Por causa do vestibular, de repente tudo na vida fica voltado à preparação. O ideal é ter equilíbrio e se dedicar a um esporte, de preferência em ambiente aberto, para não ter falta de vitamina D."

Para espairecer

Se a hora é de estudar e você anda sem ânimo, experimente combinar algumas estratégias. Comece indo ao banheiro. Levantar e dar uma mudada de ambiente pode ser útil. Lave o rosto e se espreguice. Dois minutos de intervalo para alongar o corpo são suficientes para cada hora de estudo, segundo o ortopedista Ricardo Yabumoto, do setor de traumatologia do Hospital da Cruz Vermelha. Se o dia ainda está na metade e o sono está batendo, experimente cochilar por 20 ou 30 minutos após o almoço. Nada além disso.

De bem com o travesseiro

Com tanta matéria, a tentação de adentrar a madrugada em cima dos livros é grande. Esse costume, comum entre estudantes que acreditam estar ganhando horas de estudo quando deixam de dormir a noite toda, pode ser uma verdadeira bola fora. De acordo com a neurologista Márcia Assis, especialista em Medicina do Sono, noites maldormidas prejudicam a atenção, a concentração e a memória.

Coisas que nenhum vestibulando pode se dar ao luxo de perder. "Por consequência, a fixação das informações novas fica prejudicada, assim como a capacidade de se manter atento. E não adianta querer compensar dormindo mais no fim de semana, essa dívida não é paga em sábados e domingos", afirma. Mau humor e pessimismo também assolam os adolescentes que dormem menos do que deveriam. Para saber se a quantidade de sono está sendo adequada, basta observar se o seu organismo desperta restaurado, se situações monótonas não lhe dão sono e se tem sonolência ao longo do dia.

O espaço dos estudos

Todo mundo já estudou deitado na cama ou sentado sem apoio para as costas, mas essa é a hora de acabar com esses hábitos. O ambiente de estudos tem grande influência no aprendizado, então procure um local adequado para não perder tempo nem ganhar dores pelo corpo. "A mesa não pode ser muito alta ou baixa. Se for muito alta, forçará os ombros, se estiver baixa demais, vai render uma dor na coluna", lembra o ortopedista Yabumoto.

O cansaço na vista também pode ser decorrente da posição ao estudar. De acordo com o oftalmologista Marco Canto, da Clínica Canto, para um melhor aproveitamento é importante estar bem sentado, com a coluna reta e os objetos (iPad ou livro), inclinados à frente cerca de 15 a 20 graus abaixo da linha dos olhos. "Não pode haver reflexo no objeto, ou o cansaço pelo ofuscamento da luz será acentuado", conta.

Por falar em visão, este é o momento de fazer uma consulta médica. Como as salas de cursinho costumam ser grandes, alguns pode ter dificuldade para enxergar as explicações no quadro. Se a sala tiver ar-condicionado, não se esqueça da lubrificação, que pode ser feita com lágrimas artificiais.

E atenção: ler no ônibus ou carro em movimento não é prejudicial, mas pode causar distúrbios como perda de equilíbrio, tontura ou náuseas em algumas pessoas. Se é o seu caso, é bom não insistir.

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