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Estudantes se reuniram na PUCPR para desenvolver jogos durante a Global Game Jam | Antonio More/Gazeta do Povo
Estudantes se reuniram na PUCPR para desenvolver jogos durante a Global Game Jam| Foto: Antonio More/Gazeta do Povo

Na rede

O tema do Global Game Jam deste ano foi "extinction" (extinção). Na PUCPR, maior sede no Brasil, foram desenvolvidos 20 jogos. Na semana passada, quatro deles estavam na lista dos dez mais acessados no site oficial do evento (globalgamejam.org/games/2011). Na página local do encontro (ggjcwb.com) há fotos e informações sobre a jam.

  • Maurício fez parte da equipe Aduge, que elaborou um protótico de game

Enquanto a maioria dos mortais caía na balada ou aproveitava algumas horinhas a mais de sono, cerca de 6,5 mil pessoas passavam o fim de semana trabalhando em uma missão mais que difícil. O objetivo? Elaborar um jogo digital em aproximadamente 40 horas, com um tema definido na hora. A edição 2011 da Global Game Jam, evento que propõe a criação colaborativa de games, aconteceu entre 28 e 30 de janeiro em quase 200 sedes, distribuídas em 44 países. Em Curitiba, o encontro foi realizado na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e recebeu 116 inscritos. "Estamos na terceira edição desse evento, que busca integrar a comunidade de desenvolvedores de jogos. O encontro não tem essência competitiva, o objetivo é que todos saiam daqui com um jogo no portfólio", explica o coordenador da jam em Curitiba, Bruno de Paula.

Assim como nas jam sessions de jazz (quando os músicos improvisam, sem ensaio prévio) quem participa do encontro de criação de jogos não sabe o que virá pela frente. O tema dos games, expresso em uma palavra, é revelado no início do evento e vale para todos. Alguns participantes têm equipes formadas, outros chegam um pouco antes de começar o evento e criam um grupo na hora. Além disso, uma mesma pessoa pode ser compartilhada por equipes diferentes. "Isso acontece muito com quem é da área de música. A galera do som é disputada", afirma Bruno.

Ele explica que o encontro é aberto a universitários, professores, desenvolvedores amadores e desenvolvedores profissionais. "Participam estudantes de várias áreas, como Música, Design, Arte e Computação", conta o coordenador, que é professor dos cursos de Sistemas de Informação e Tecnologia em Jogos Digitais da PUCPR. Os participantes levam o seu próprio computador e atravessam a madrugada desenvolvendo games. O estudante Maurício Perin Maperns, 22 anos, conta que terminar um jogo inteiro é difícil e por esse motivo sua equipe, a Aduge, preferiu entregar um protótipo, que pode virar um game interessante no futuro. "O evento será um laboratório de experimentação. Depois vamos continuar desenvolvendo o game", afirma ele, que desde 2009 trabalha regularmente com a produção de jogos digitais. "Desenvolvemos games para computador e distribuímos em um canal on-line de vendas", diz.

De olho no mercado

Para o coordenador do evento em Curitiba, as ideias que saem do Global Game podem se tornar viáveis economicamente. "O caso mais famoso de jogo que nasceu de uma jam é o World of Goo [espécie de jogo de quebra-cabeças lançado para PC, Nintendo Wii e iPad]. Ele era um jogo menor que se tornou um game comercial de sucesso", exemplifica.

Membro da equipe Aduge, o engenheiro eletrônico Anderson Vermonde, 24 anos, diz que o Global Game também é importante para aumentar a rede de contatos na área de desenvolvimento de jogos. Segundo ele, um grupo ajuda o outro e é possível trocar ideias. "É tão raro encontrar pessoas no Brasil que trabalhem nessa área que a união se torna muito grande", diz.

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