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Perguntas e respostas

Quais serão os critérios de correção da Redação? Qual será o peso da ortografia? Quanto valerá a Redação? O mecanismo de correção das provas, o TRI, continuará o mesmo?

Leia a resposta dessas perguntas e outras dúvidas sobre a prova

As áreas da avaliação

As quatro provas do Enem estão dividas por áreas do conhecimento: Ciências Humanas, da Natureza, Linguagens e Matemática. Em cada uma delas os conceitos específicos se misturam a problemáticas sociais aplicadas a situações reais.

Confira as dicas dos professores para se dar bem em cada área.

Agora falta pouco: as provas do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem 2010, serão aplicadas no próximo fim de semana para mais de 4,6 milhões de pessoas em todo o Brasil. É preciso ficar atento às principais características dos testes, que são um pouco diferentes dos vestibulares tradicionais. As questões exigem uma leitura atenta e contextualizada das disciplinas, relacionando fatos do cotidiano às teorias aprendidas em sala de aula. "É uma prova que avalia competências e habilidades. Isso faz com que o aluno tenha uma visão mais ampla das disciplinas. Ele precisa demonstrar não só que possui conhecimento, mas que também tem uma percepção contextualizada de mundo", explica Sérgio de Grande Júnior, professor de Redação e interpretação de textos do Curso Dom Bosco.

As questões do Enem buscam problematizar situações do cotidiano e levar o estudante a formar argumentos e propor soluções para os questionamentos apresentados, relacionando-os aos conteúdos técnicos aprendidos em toda a vida escolar. "Neste modelo se busca saber se, além de dominar o conteúdo da disciplina, ele é capaz de analisar e comparar, fazer inferências sobre os assuntos. É preciso estar preparado para os desafios reais, fazendo uma análise da situação para tomar decisões", afirma Euler de Freitas Silva Júnior, professor de Física do Curso Positivo.

Para estar bem preparado para este tipo de avaliação, as apostilas não são suficientes. É indispensável ter outras fontes de estudo. "O candidato precisa ter o hábito de leitura e estar antenado com os principais fatos da atualidade. Para isso, acompanhar os principais jornais e revistas é fundamental", destaca João Paulo Ocke de Freitas, professor de Sociologia do Curso Acesso.

Velocidade e resistência

Nos dois dias de provas serão aplicadas 180 questões de múltipla escolha e uma redação dissertativa. É uma maratona cansativa que exigirá fôlego. No sábado, primeiro dia do exame, são quatro horas e meia para resolver 90 questões de Ciências Humanas e da Natureza. Fazendo uma média, são aproximadamente três minutos para cada pergunta para dar conta de resolver as provas no tempo determinado. "Quando faz primeiro as que tem mais domínio, o estudante consegue resolver mais rápido e ganha confiança. Assim, pode compensar o tempo nas questões mais difíceis", orienta o coordenador de atendimento ao aluno do Curso Positivo, Ivo Carraro.

No segundo dia de provas, os candidatos terão uma hora a mais para resolver as provas, mas terão também um trabalho extra. Além das 90 questões de Lin­gua­gens e de Matemática, deverão produzir uma redação, tarefa que exige concentração e paciência. Por isso controlar o tempo será fundamental. É muito comum que as questões apresentem textos de apoio e enunciados e alternativas longas, o que exige resistência e concentração na leitura. Para o professor Euler, uma boa saída para ga-nhar tempo é ir direto para a leitura do enunciado e das alternativas. "Algumas vezes os textos de apoio só estão ali para complementar a questão e a resposta não depende dele exatamente. Assim, se o aluno conseguir responder diretamente à pergunta, ganha mais tempo", explica.

Mesmo assim, é indispensável que se leia atentamente todas as alternativas e, se for preciso chutar, que se faça com critério. "Deve-se primeiro excluir as alternativas absurdas e arriscar somente entre as prováveis respostas. Com a Teoria de Resposta ao Item (TRI), chutar pode prejudicar o candidato", afirma Carraro.

A TRI, critério de correção utilizado pelo Enem, atribui um valor diferente para cada alternativa e para cada questão. Por isso, se o aluno chutar uma alternativa com uma resposta completamente incoerente, poderá ter sua nota diminuída apesar de acertar o mesmo número de respostas corretas que outro candidato.

Contra a ansiedade e o cansaço

A uma semana do Enem, o nervosismo aumenta mesmo, se não para todos, para quase todos. Mas algumas atitudes ajudam a lidar melhor com a ansiedade e as condições adversas antes da prova e durante o exame.

O primeiro passo é preparar-se para manter a concentração durante um longo período, pois o Enem é longo e cansativo. "Isso deve ser um hábito e vem de uma rotina anterior de estudos. Se o aluno tem um espaço em casa organizado, silencioso e exclusivo para estudar, terá mais facilidade. Normalmente os estudantes ficam com a televisão ou computador ligados e, na hora em que precisam ficar em silêncio, concentrados, têm dificuldade", alerta a coordenadora do site Portal Vocacional e psicóloga da Clínica Contato, Gilvanise Gulicz Vial.

O aluno que estudou durante todo o ano deve acreditar no seu potencial e adotar uma postura positiva, recomenda a psicóloga Vera Regina Miranda, professora da Universidade Positivo (UP) e da Pontifícia Uni­versidade Católica do Paraná (PUCPR). Ela sugere que o estudante faça pequenas pausas (de alguns segundos) durante a prova quando começar a sentir dificuldades de concentração. "Algumas pessoas conseguem se concentrar por três ou quatro horas ininterruptas. Depois disso, a produtividade pode cair", afirma.

Durante esse curto intervalo, são recomendados exercícios de respiração e relaxamento muscular. "O estudante pode esticar uma perna, depois a outra, soltar os braços ao lado do corpo, abrir e fechar as mãos. São exercícios mínimos que ele pode fazer sentado. Também é importante que o aluno mantenha o corpo relaxado, senão vai acumular tensão, que pode se transformar em uma dor de cabeça", explica Gilvanise. Outra opção é a automassagem, como o Vestibular ensinou na edição do dia 25 de outubro.

Alimentação

Além de controlar a ansiedade, o candidato deve se alimentar muito bem no dia da prova. "Às vezes, pelo excesso de tensão, os alunos ficam em jejum prolongado ou consomem alimentos que dão sonolência", afirma a nutricionista Juliana Trevilini Garcia, da Clínica Contato. No almoço, ela aconselha o estudante a evitar o excesso de gorduras e de proteína animal, que são de difícil digestão e por isso aumentam o sono. "Não se deve comer muita carne ou macarrão com muito molho de queijo. Também não recomendamos tomar líquido com a refeição, porque isso atrasa a digestão. Depois de meia hora, o estudante já pode beber alguma coisa", diz.

No site do Inep não há nenhuma indicação de que o aluno não possa se alimentar durante as provas. Por isso, Juliana recomenda que o candidato leve uma fruta ou barra de cereais. Até o chocolate está liberado. "Ele diminui a ansidade, mas deve ser consumido em pequena quantidade, de até 30 gramas", afirma. Segundo ela, bebidas estimulantes como chá mate, refrigerante e café devem ficar de fora do cardápio, porque provocam agitação e diminuem a concentração.

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