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Saiba como as placas tectônicas se movimentam no manto terrestre |
Saiba como as placas tectônicas se movimentam no manto terrestre| Foto:

Lembre-se

Quanto mais próximo da superfície ocorrer o tremor, mais forte ele será sentido. No Japão ele ocorreu a 20 quilômetros do solo.

Escala Richter

Quando a escala foi criada, acreditava-se que 9 era o seu valor máximo, mas já houve terremotos que superaram a marca. No Japão chegou a 8,9, de uma escala que vai até 9.

Escala Mercalli

Usada para medir a intensidade de um terremoto segundo os estragos causados. É menos usada e menos conhecida que a Richter.

O terremoto e o tsunami que provocaram, no co­­meço de março, uma das maiores tragédias vividas pela população japonesa são a grande aposta dos professores para os vestibulares de 2011 e para o Exame Nacional do En­­sino Médio (Enem). Mas o aluno deve ficar atento: o tema pode aparecer não apenas na prova de Geografia. Ele pode marcar presença também em outros enunciados, desde o Português até Física e Química.

O professor de geografia do Curso Positivo Alexandre Detzel explica que primeiro o aluno precisa entender o que é um terremoto e como ele acontece. "Basi­camente, é um tremor de terra causado pelo movimento das placas tectônicas em função das correntes de convecção que emanam do interior do planeta. Estas placas podem se afastar ou se aproximar e, neste segundo caso, ocorre o tremor".

O professor também avisa que outro detalhe importante pode aparecer nas provas este ano: a forma como as placas colidiram no Japão. Segundo ele, ocorreu o que os geólogos chamam de subducção, que é quando uma placa, ao bater, passa por cima da outra e a de baixo mergulha em direção ao manto, a camada pastosa da Terra que fica entre a crosta terrestre e o núcleo. Detzel lembra que o terremoto que ocorreu no Chile, em 2010, também foi desta forma e que é importante que o aluno saiba fazer este tipo de relação.

Já o tsunami é o reflexo do terremoto no oceano, ou seja, o tremor de terra faz com que se formem ondas gi­­gantescas. G­e­­ralmente, primeiro as pessoas sentem o tremor e depois acontece o tsunami. É por isso que, segundo o professor, às vezes dá tempo de evacuar áreas próximas ao mar.

Sem decoreba

Detzel e Jair Henrique Iliano de Cas­­tro, professor de Geografia do Curso Apo­­geu, falam que não é necessário que o aluno se preocupe em saber de cor quantas são as placas e quais os no­­mes, exceto as que colidiram no Ja­­pão, a Pacífica e a Euro-asiática.

É fundamental, porém, saber localizar e relacionar os terremotos e tsunamis que aconteceram em outros países. "A prova pode co­­brar, por exemplo, que o aluno saiba porque no Haiti o estrago foi maior ou porque em território brasileiro os terremotos são bem fracos", diz Castro.

As respostas para as duas questões são simples. No primeiro caso é porque o Japão é uma país mais rico e, consequentemente, mais preparado para terremotos. No segundo é porque o Brasil não está localizado em área de encontro das placas – está sobre a placa Sul-ame­ricana. Portanto, os tremores que pode sofrer são reflexos dos ocorridos em países vizinhos, como o Chile, localizado na Cordilheira dos Andes, área favorável à formação de terremotos.

Outra relação que pode ser cobrada, inclusive na prova de História, são os estragos provocados nas usinas nucleares por causa do tsunami e os causados pelas bombas que atingiram as cidades de Hiroshima e Nagasaki após a segunda Guerra Mundial.

NA PRÁTICA

O professor de geografia do Curso Positivo Alexandre Detzel elaborou uma questão:

Leia atentamente o trecho abaixo e julgue os itens com F ou V.

O Japão está na área de risco entre duas destas placas: a do Pacífico e a da Ásia. A primeira está sendo lentamente empurrada em direção às profundezas marítimas pela segunda.

Esse atrito constante é o responsável pela grande quantidade de terremotos que acontecem no Japão. Mas o pior ainda pode estar por vir. Os sismólogos japoneses têm constatado que as placas estão acumulando energia que pode culminar na maior catástrofe da história recente do país.

"Na mesma área de risco houve um grande tremor que arrasou Tóquio, em 1923. É baseado nisso que os japoneses esperam outro grande abalo nas mesmas proporções, já que os terremotos são cíclicos e ocorrem nos mesmos pontos", diz Lucas Vieira Barros, coordenador do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB). Naquele ano, o tremor causou 140 mil mortes.

Hoje, porém, o cenário é diferente e as medidas preventivas mais eficientes. Ainda assim, o rastro de destruição será enorme, de acordo com as estimativas. "Um terremoto de magnitude semelhante ao desta semana pode causar um prejuízo capaz de abalar a economia mundial, na ordem de trilhões de dólares, segundo estudos dos cientistas japoneses. Se acontecesse hoje um grande tremor como o de sexta-feira, mas com epicentro em terra e não no mar, seria absurdamente mais catastrófico."www.gazetadopovo.com.br/mundo (13.03.2011) - Acesso: 21.03.2011

I. No Japão o "mergulho" da placa do Pacífico sob a placa asiática caracteriza o movimento tectônico da subducção.

II. O Japão e outras áreas da orla do oceano Pacífico, como o Chile e a Califórnia estadunidense, convivem com os terremotos frequentes por estarem situadas no chamado "Círculo de Fogo do Pacífico".

III. Os terremotos ocorrem em pontos aleatórios, sem relação com as faixas de atrito entre as placas da Litosfera.

IV. Países desenvolvidos possuem equipamentos para a previsão de terremotos. A tecnologia para previsão dos terremotos é onerosa e não acessível para os países periféricos (como o Haiti).

V. O epicentro de um tremor corresponde ao local diretamente acima do foco ou hipocentro.

São verdadeiros os itens:

a) I, II e IVb) II, III e IVc) II, III e Vd) I, II e Ve) I, II, III, IV e V

Gabarito: d

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