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A gráfica RR Donnelley Moore, responsável pela impressão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), confirmou em nota divulgada no site da empresa nesta segunda-feira (8), que 21 mil cadernos da prova amarela do primeiro dia do exame foram distribuídos com defeito. No total, 33 mil cadernos foram impressos com defeito de ordenação, segundo o texto.

Estudantes que fizeram a prova amarela do Enem neste sábado (6) reclamaram de vários problemas, como a falta de algumas questões, a duplicação de outras e questões diferentes com a mesma numeração. Além disso, havia perguntas da prova branca misturadas no meio do caderno.

"Durante a aplicação do primeiro dia do exame, identificamos, fazendo a leitura dos 4 tipos de caderno de provas que contêm as mesmas questões em quatro ordens distintas de diagramação, que em um dos lotes de produção tivemos um problema de processo, resultando na impressão de 33.000 cadernos de provas amarelas com um defeito de ordenação. Desse total, aproximadamente 21.000 cadernos foram efetivamente distribuídos", diz a nota.

De acordo com a nota, o processo de segurança da gráfica não permite que sejam feitas revisões com a leitura do manual impresso.

"A manutenção do sigilo do conteúdo nos impede que sejam feitas revisões de processo com a leitura do material impresso, obrigando-nos a elaborar critérios especiais de verificação da qualidade de impressão, sem que esse conteúdo seja devassado", afirma o texto.

A gráfica considera, na nota, que o erro está "dentro da normalidade técnica". "Em que pese o impacto e a abrangênia desse episódio, o defeito encontrado representa um índice de 0,003 sobre as quase 10 milhões de provas impressas, estando absolutamente dentro da normalidade técnica para esse processo industrial", afirmou.

A assessoria do ministério informou na manhã desta segunda-feira que prevê que cerca de 2 mil pessoas tenham direito a refazer o Enem, devido aos erros na impressão de cadernos de prova amarelos. Segundo o MEC, o exame deve ser reaplicado para essas pessoas entre o fim de novembro e o começo de dezembro de 2010.

De acordo com informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), dos estudantes que receberam as provas com defeito, a grande maioria teria recebido um novo exemplar do caderno de questões ainda durante a realização do exame. O Inep informou que a minoria desses estudantes não teve o caderno substituído ou se recusou a substituir a prova.

A nota não cita o problema de impressão do gabarito com cabeçalhos invertidos do primeiro dia de provas. Segundo o Ministério da Educação, o problema segue sob análise para descobrir onde o erro ocorreu.

A gráfia afirma ainda, na nota, que se dispõe a "colaborar de forma efetiva na viabilização da solução dos problemas que isso (os erros nas provas amarelas) possa ter acarretado a esse número restrito de alunos".

"A RR Donnelley, na condição de gráfica contratada mediante processo licitatório para a impressão das provas do Enem 2010, garante o cumprimento de suas obrigações contratuais, responsabilizando-se por adotar as medidas necessárias para a solução dos problemas gerados, principalmente visando garantir os direitos dos estudantes eventualmente prejudicados", diz o texto.

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