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Maria Thereza, estudante de Letras da UFPR, mora sozinha e adora a liberdade | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
Maria Thereza, estudante de Letras da UFPR, mora sozinha e adora a liberdade| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

Convênio e bolsa moradia

A UFPR e a CEU têm um convênio para facilitar a moradia dos estudantes. São cem vagas reservadas para alunos da instituição, explica a professora Miriam Angelucci, coordenadora de assistência estudantil da UFPR.

Além disso, a universidade tem uma bolsa moradia para alunos carentes que pode até servir para o estudante pagar estada em uma das outras casas estudantis da capital: Casa do Estudante Nipo-Brasileira de Curitiba (Cenibrac), Fundação Casa do Estudante Universitário (CEU), Casa da Estudante Universitária de Curitiba (Ceuc), Lar da Acadêmica de Curitiba (LAC) e Casa do Estudante Luterano Universitário (Celu). Para se inscrever, o aluno deve procurar Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae). As datas e os requisitos necessários para se candidatar estão no site www.prae.ufpr.br.

Todo início de ano muitos estudantes desembarcam de mala e cuia em Curitiba para cursar uma faculdade. Eles vêm principalmente do interior do Paraná, mas também há quem deixe para trás outros estados e até países. Sem família ou parentes por perto, onde morar? Felizmente, opções não faltam.

Morar sozinho, dividir casa ou apartamento com amigos, entrar para moradias coletivas, como pensionatos, repúblicas ou casas de estudantes, são algumas delas. Todas tem seus prós e contras, garantem os que já passam pela experiência. O importante é entender seu perfil e escolher a qual se adapta melhor.Maria Thereza de Abreu, 22, optou por morar sozinha em um apartamento próximo ao câmpus da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde cursa Letras. No entanto, depois que saiu da casa dos país, em Ponta Grossa, já chegou a dividir apartamento com uma amiga e até a morar em uma casa de estudantes na França, durante um intercâmbio. Das três experiências, ela julga que a atual é a melhor. "A bagunça é toda minha e arrumo se quiser. Tenho a liberdade de ficar em casa, sair ou chegar na hora que bem entender", diz. O mais complicado, segundo ela, é o alto custo.

Para diminuir o preço da liberdade, alguns preferem dividir a moradia. Manuel Martins, 26 anos, também estudante de Letras da UFPR, mora com mais três pessoas. Ele diz que a situação é tranquila, mas são necessárias regras e, principalmente, muito bate-papo para equilibrar as diferenças. "Conversa é algo essencial. Se não falar na hora a gente fica guardando a raiva e vira briga feia depois", conta. Martins diz que na hora de escolher com quem morar é preciso analisar os objetivos de cada pessoa. "É importante buscar perfis próximos."

Moradias coletivas

Se a paz e a liberdade são os pontos a favor de uma escolha mais solitária e o custo mais baixo é a vantagem de dividir o espaço com colegas, a socialização e a multiplicidade de culturas são questões positivas das moradias coletivas. Na Fun­­dação Casa do Estudante Universitá­­rio do Paraná (CEU), que atualmente tem 180 moradores e é exclusiva para rapazes, as atividades estudantis são o diferencial.

"Temos seminários, oficinas e palestras que fa­­zem com que a Casa tenha uma gran­­de participação na formações política e social dos moradores. É isso que nos diferencia de uma pensão ou república", explica o vice-presidente, Fabio Henrique Don­­doni, de 30 anos, que atualmente cursa Cinema na Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e mora na CEU há seis anos.

As moradias coletivas também costumam ter um preço mais baixo, o que as tornam ainda mais atrativas. No entanto, para conviver bem com toda essa agitação e multiplicidade é importante ter o "espírito aberto". "São pessoas das mais diversas opi­niões e comportamentos. Quem quer morar em um ambiente desses tem de ter isso em mente", diz.

Contra a maré

Enquanto a maioria dos estudantes segue para a capital em busca de instituições de ensino superior, Dafni do Nascimento, 20 anos, decidiu fazer o caminho contrário: foi para o interior. Ela atualmente cursa Tecnologia em Fabricação Mecânica no câmpus de Ponta Grossa da Universidade Tecno­lógica Federal do Paraná (UTFPR). "Vale muito a pena. Meu curso é bom, melhor do que o de Curitiba, e a qualidade de vida é ótima. Não tenho do que me queixar", conta. Além disso, a cidade é próxima – fica a 103 quilômetros da capital paranaense –, o que dá facilita as visitas à casa dos pais, em Curitiba.

Para ela, além da roupa suja, a solidão pesa um pouco. "Quando chego da faculdade não tem ninguém para me contar como foi o dia. A solidão dá uma apertada de vez em quando."

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