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O procurador Marinus Marsico, representante do Ministério Pú­­blico (MP) no Tribunal de Contas da União (TCU), deve solicitar hoje ao MEC acesso ao contrato de aplicação do Enem 2010. O objetivo é apu­­rar questões pontuais, como a dispensa de licitação, e eventualmente desdobrar a investigação para o contrato firmado com a gráfica RR Donnelley, responsável por imprimir as provas. Para o procurador, os erros foram "inadmissíveis".

"Não adianta falarem que foi um sucesso, quando é preciso reconhecer os erros e procurar humildemente corrigi-los. É o momento de fazer uma autocrítica", afirmou Marsico. Outro alvo de investigação é o pré-teste do Enem, que em um ano teve aumento de 559% no valor de contrato, de R$ 939,5 mil, em 2009, para R$ 6,191 milhões.

À época, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) alegou que o aumento nos gastos se deve à ampliação do serviço: o pré-teste seria aplicado para 100 mil estudantes em 40 municípios, ante cerca de 50 mil alunos de dez capitais em 2009.

Tanto o pré-teste quanto a aplicação do Enem 2010 ficaram a cargo de um consórcio formado pela Fundação Cesgranrio e Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), escolhidos sem licitação. O presidente do Inep, Joaquim José Soares Neto, foi diretor do Cespe. Assumindo o cargo no instituto após uma série de problemas relacionados à edição do Enem 2009, como o vazamento da prova, revelado pela reportagem.

Redação

Ontem, o delegado da Polícia Fede­ral em Juazeiro (BA), Alexandre de Almeida Lucena, ouviu quatro envolvidos na denúncia de suposto vazamento do tema da redação do Enem. Ele ainda não sabe se irá instaurar um inquérito. Dois professores do curso Geo Pré-Ves­tibular, de Petrolina (PE), foram ouvidos ontem. Vários candidatos procuraram os professores antes da prova, pedindo ajuda para desenvolver a redação se o tema fosse "trabalho e escravidão", o tema da redação do Enem.

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