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Confira as mudanças no vestibular da Fuvest

1ª faseComo era: a nota servia apenas para classificar o candidato à 2ª fase Como passa a ser: a nota se soma às notas da 2ª fase na nota final do candidato

Nota de corte da 1ª faseComo era: mínimo de 22 pontos Como passa a ser: mínimo de 27 pontos

Prova do 2º dia da 2ª faseComo era: tinha 20 questões dissertativasComo passa a ser: terá 16 questões dissertativas

Convocados para a 2ª faseComo era: 3 candidatos por vaga Como passa a ser: 2 a 3 candidatos por vaga

Mudar de carreiraComo era: não era possível Como passa a ser: permitido aos candidatos que não foram convocados após a 3ª chamada

Bônus para alunos de escolas públicasComo era: até 12% Como passa a ser: até 15% dependendo de desempenho em provas no 2º e 3º anos do ensino médio

O vestibular da Fuvest ficou mais atraente para os estudantes na avaliação de professores de cursinhos. Um pacote com cinco mudanças foi anunciado nesta quinta-feira (2) pelo Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo (USP). A nota da primeira fase terá peso na nota final do candidato, a nota mínima de corte subiu de 22 para 27 pontos, a prova do segundo dia da 2ª fase terá 16 e não mais 20 questões, serão chamados de 2 a 3 candidatos por vaga na segunda fase, e quem não for convocado até a terceira chamada poderá concorrer a outra carreira.

"O fato de a primeira fase ter impacto na nota final traz um equilíbrio na avaliação. A prova de conhecimentos gerais é boa e abrangente, avalia muito bem se o aluno assimilou as habilidades e competências das disciplinas do ensino médio", avalia Edmilson Motta, coordenador-geral do cursinho Etapa, de São Paulo.

Segundo ele, a maior relevância da primeira fase vai dar valor a candidatos mais bem preparados, capazes de se sair bem nas mais diversas disciplinas. "Uma das melhores coisas da Fuvest é exigir a formação completa. Antes a primeira fase servia só para classificar o candidato para a segunda, Agora volta a ter relevância em todas as disciplinas."

Ele aprova também a redução do número de questões do segundo dia da prova de segunda fase. "Isto é favorável ao estudante, pois a prova é muito exigente em termos de tempo. Antes eram 20 questões com 2 ou 3 itens, viravam quase 48 perguntas para responder. Foi uma ótima ideia mudar para 16 questões."

Para a professora Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora do Colégio e Curso Objetivo, de São Paulo, as mudanças foram positivas. "A Fuvest e o Conselho de Graduação da USP pesquisaram, levantaram o que aconteceu nos últimos vestibulares, sabem o que está acontecendo com o aluno. Estão fazendo um vestibular cada dia melhor."

Ela acredita que a presença da nota da primeira fase na avaliação final vai estimular o aluno a estudar mais. "Não é justo jogar fora uma avaliação." Vera Lúcia gostou do aumento da nota mínima. "Uma nota de corte de 22 pontos é muito baixa, se o candidato 'chutar' todas as respostas pode alcançar este número. É uma nota casual."

Em relação à redução de 20 para 16 questões da prova do segundo dia da segunda fase, ela destacou que em geral os alunos não conseguem fazer todas as questões. "Se o aluno está preparado ele quer responder todas. Então com 16 perguntas vai dar tempo."

Gilberto Américo da Silva, coordenador do cursinho do Núcleo de Consciência Negra na USP, que conta com 150 alunos de baixa renda, considera que as mudanças vão dificultar ainda mais o acesso para estudantes oriundos de escolas públicas.

Ele avalia que o aumento da nota de corte prejudica quem costuma "passar raspando" na primeira fase. E a inclusão da nota da primeira etapa na avaliação final vai valorizar quem tem as técnicas para questões de múltipla escolha. "Mudanças não sinalizam o que a universidade quer, se tem a proposta de dar acesso às pessoas de classe econômica menos favorecida, e se vai valoriza a técnica e não a reflexão que caracteriza a segunda fase."

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