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Gasolina e Auxílio Brasil ainda não impactam nas intenções de voto, apontam pesquisas
Durante o encontro com banqueiros, Bolsonaro criticou a carta em defesa da democracia, movimento encabeçado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), da qual a Febraban é uma das signatárias.| Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu na tarde desta segunda-feira (8) com membros da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) para falar sobre a economia brasileira e ouvir a visão da indústria financeira sobre o setor.

Durante o encontro, Bolsonaro criticou a carta em defesa da democracia, movimento encabeçado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), da qual a Febraban é uma das signatárias, afirmando que quem é democrata “não precisa assinar cartinha”. “Quem quer ser democrata não tem que assinar cartinha não. Todo mundo, se eu mandar assinar lá que sou honesto, todo mundo vai assinar que é honesto. Democracia tem que sentir o que a pessoa está fazendo”, afirmou o presidente. Segundo ele, o objetivo da carta é devolver o país ao PT e que o manifesto é político.

“Falar todo mundo fala. Fazer cartinha faz. Como estão os banqueiros se sentindo na Argentina no momento? E os que restam na Venezuela. E em Cuba? A gente tem que viver em harmonia todo mundo. Nós somos adultos, sabemos o que está acontecendo. A gente reclama de alguém que está pensando diferente da gente, mas aquela pessoa não teve instrução suficiente para tomar uma decisão. Agora nós aqui, gente como nós aqui presente, temos a obrigação de saber a realidade. Ninguém precisa experimentar de novo algo que não deu certo lá atrás. Será que dessa vez vai ser a última vez?”, afirmou. “O voto é a alma da democracia e nós lutamos por transparência. Nada mais além disso. Transparência”, disse o presidente.

“Vocês têm que olhar na minha cara, ver as minhas ações e me julgar por aí. Assinar cartinha, não vou assinar cartinha. Até uma carta mais do que política, uma carta com objetivo sério, de voltar o país nas mãos daqueles que fizeram malfeitos conosco”, disse Bolsonaro. “Alguém recontrataria um empregado que roubou a sua empresa no passado? Acho que não. Querem recontratar um cara que roubou a nação por 14 anos? Vamos recontratar esse cara para que? Ele vai sentir que fez a coisa certa. Vai fazer agora o dobro”, afirmou o presidente.

“É melhor um democrata na corrupção do que um honesto em um regime forte. Qual regime forte é meu? Me aponte uma palavra minha contra a democracia. Eu mandei prender algum deputado?”, questionou Bolsonaro em outro ponto de sua declaração.

Na Fiesp e na Faculdade de Direito da USP – que encabeçou manifestou semelhante - o argumento é de que ambos os manifestos foram propostos com o único intuito de apoiar a democracia, não endereçar críticas a Bolsonaro ou apoiar Lula ou qualquer outro candidato.

Apelo por redução de juros no consignado

Durante o encontro, Bosonaro pediu ainda que os bancos e as instituições financeiras reduzam o máximo possível os juros para os beneficiários dos programas sociais que aderirem ao empréstimo consignado, como o Auxílio Brasil.

A lei que permite a operação foi sancionada na última semana e permite ao beneficiário do Auxílio Brasil solicitar empréstimo consignado pagando parcelas mensais de até 40% do valor do benefício – ou seja, quem recebe R$ 600 vai poder contratar um empréstimo pagando até R$ 240 por mês. A medida, porém, não estabelece um limite para a taxa de juros cobrada.

“Faço um apelo para vocês agora. Vai entrar o pessoal do BPC (Benefício de Prestação Continuada) no empréstimo consignado. Isso é garantia, desconto em folha. Se vocês puderem reduzir o máximo possível (os juros) porque ainda estamos atravessando, estamos no final da turbulência. Para que todos nós possamos né, cada vez mais, mostrar que o Brasil não é mais um país do futuro, é do presente. Os números estão aí. Números fantásticos feitos pelo nosso governo”, declarou Bolsonaro.

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