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Bolsonaro e Lula cumprimentam apoiadores após votarem, no Rio de Janeiro e em São Bernardo do Campo, respectivamente
Bolsonaro e Lula cumprimentam apoiadores após votarem, no Rio de Janeiro e em São Bernardo do Campo, respectivamente| Foto: EFE/André Coelho e Sebastião Moreira

As seções eleitorais fecham às 17 horas (horário de Brasília), e a expectativa para a apuração que começa em seguida é se a eleição presidencial será decidida em primeiro turno ou se os brasileiros voltarão às urnas no dia 30 para definir, entre dois finalistas, quem vai liderar o Executivo federal pelos próximos quatro anos.

Caso a disputa seja definida na primeira votação, será a primeira vez que isso acontecerá numa eleição presidencial no Brasil desde 1998, quando Fernando Henrique Cardoso foi reeleito.

Ao votar, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo as pesquisas, estavam à frente nas intenções de voto (confira aqui os resultados dos últimos levantamentos e suas metodologias), adotaram tons diferentes sobre a perspectiva de encerrar a corrida presidencial neste domingo.

No Rio de Janeiro, Bolsonaro disse acreditar que será o vencedor já em primeiro turno. “A expectativa é de vitória hoje, tendo em vista o que fizemos num momento difícil da nação, bem como nesses 45 dias. Fui, em praticamente todos os estados do Brasil, muito bem recebido. Eleições limpas, sem problema. Que vença o melhor”, disse, em declaração reproduzida pela Agência Brasil.

Em live no sábado (1º), o presidente havia afirmado que “não consegue ver outra coisa a não ser eleições serem decididas amanhã com margem superior a 60%”.

Neste domingo, o senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ) foi menos enfático que o pai, mas também pregou vitória no primeiro turno. “As nossas pesquisas internas, os cruzamentos que nós fizemos, [indicam que] há uma chance, sim, de Bolsonaro vencer no primeiro turno ou pelo menos ‘virar’ para o segundo turno à frente do seu principal concorrente”, disse o senador.

Já Lula, que havia declarado anteriormente acreditar na chance de vencer sem necessidade de segunda votação, preferiu não abordar o assunto. “É um dia mais do que importante para mim. Eu não poderia deixar de dizer para vocês que quatro anos atrás eu não pude votar porque tinha sido vítima de uma mentira nesse país e estava detido na Polícia Federal exatamente no dia da eleição”, afirmou, em São Bernardo do Campo (ABC Paulista).

Em São Paulo, o candidato petista ao governo estadual, Fernando Haddad (derrotado por Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial de 2018), também foi cauteloso.

“É difícil julgar pelas pesquisas o que vai ser a eleição nacional. O que a gente espera é que as pessoas compareçam para votar, isso é o mais importante, a pessoa depositar sua esperança na urna, o seu amor ao Brasil, o seu amor a São Paulo, com a consciência tranquila de que estará fazendo o melhor para nossa democracia”, declarou.

Entretanto, outros petistas adotaram um tom eufórico. A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou, após votar em Belo Horizonte, que acredita que Lula será vencedor já neste domingo. “A minha expectativa é de que a democracia ganhe, e isso significa a vitória do Lula no primeiro turno”, disse. A esposa de Lula, Rosângela da Silva, conhecida pelo apelido Janja, postou vídeo nas redes sociais em que disse que “a expectativa é de vitória no primeiro turno”.

Nas eleições presidenciais realizadas no Brasil desde 1989, a primeira desde a redemocratização, em apenas duas oportunidades houve definição no primeiro turno.

Antes de ser reeleito há 24 anos, FHC já havia conseguido a vitória em primeira votação em 1994. Fernando Collor (1989), Lula (2002 e 2006), Dilma (2010 e 2014) e Bolsonaro (2018) precisaram do segundo turno para chegar ou serem reconduzidos ao Palácio do Planalto.

Outros candidatos

Outros candidatos à presidência não disseram logo após votar que esperam uma derrota, mas sinalizaram que têm pouca esperança de chegar ao segundo turno.

Simone Tebet (MDB) e Felipe D'Avila (Novo) destacaram que propuseram “caminhos do meio” – a emedebista disse que “a polarização ideológica contaminou a alma do povo brasileiro”, enquanto D’Avila reiterou “neutralidade” num eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro. “Eu não vou apoiar nenhum dos dois populistas”, disparou.

Ciro Gomes (PDT) disse que esta é sua última tentativa de chegar à presidência, enquanto Soraya Thronicke (União Brasil) afirmou que terminava a campanha “feliz” porque “só de pontuarmos nas pesquisas já é um milagre”.

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