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Presença do presidente Jair Bolsonaro no tradicional desfile cívico-militar em 7 de Setembro, em Brasília, ainda é a única agenda presidencial confirmada pela campanha para o dia| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) quer o Rio de Janeiro como o principal palco dos atos de 7 de setembro, não São Paulo. Seu objetivo para as manifestações convocadas para o Dia da Independência é estar presente em Copacabana, não na Avenida Paulista, palco tradicional para a data. Os coordenadores do comitê da campanha presidencial confirmam o interesse, mas divergem.

A ideia em marcar presença no Rio de Janeiro é uma vontade pessoal de Bolsonaro e alguns aliados. A concentração dos atos em apoio ao governo federal na capital fluminense ocorre entre os postos 5 e 6 da praia de Copacabana. Para este ano, o presidente da República quer comparecer ao local e falou até em promover um desfile militar.

Em discurso na convenção do Republicanos, que oficializou o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo, Bolsonaro disse entender que seus apoiadores no estado gostariam que o palco principal fosse na Avenida Paulista, mas manifestou seu interesse em "inovar".

"Queremos inovar no Rio de Janeiro, às 16 horas, no 7 de setembro. Pela primeira vez, as nossas Forças Armadas e nossas irmãs forças auxiliares estarão desfilando na Praia de Copacabana ao lado de nosso povo, no nosso Rio de janeiro, cartão postal do Brasil, um estado, aliás, de todos nós, aliado com a economia de São Paulo. Vamos mostrar ao nosso povo que, mais do que querer, tem o direito e exige paz, democracia, transparência e liberdade", afirmou Bolsonaro.

Pela manhã, Bolsonaro confirmou sua presença em Brasília, "com o povo na rua e a tropa desfilando", ao tradicional desfile cívico-militar. "À tarde, eu queria [estar na Paulista], como estive aqui no ano passado, eu sei que aqui somos paulistas, mas todos nós somos brasileiros, os 26 estados e o Distrito Federal. Nós queremos pela primeira vez inovar no Rio de Janeiro", comentou.

A ideia de Bolsonaro em promover um desfile militar junto às forças auxiliares de segurança pública no Rio seria um evento paralelo ao desfile cívico-militar em Brasília. Como há tropas em todo o país, interlocutores explicam que o evento na capital federal não exime a hipótese de outra ser feita na capital fluminense.

Atos de 7 de setembro em Copacabana ainda são discutidos pela campanha

A despeito da fala de Bolsonaro em transferir o principal palco dos atos de 7 de setembro para a praia de Copacabana, interlocutores do comitê da campanha presidencial e organizadores de movimentos de rua afirmam que a agenda não está fechada e não descartam a ida do presidente à Avenida Paulista.

O que está definido é a presença de Bolsonaro no desfile cívico-militar em Brasília. Após isso, existe a previsão de que ele compareça ao ato de 7 de setembro organizado por apoiadores no gramado central da Esplanada dos Ministérios.

Até antes das manifestações públicas feitas por Bolsonaro, havia um entendimento entre coordenadores da campanha do presidente e organizadores de movimentos de rua que os atos seriam concentrados em Brasília e São Paulo.

Na quinta-feira (28), a presença de Bolsonaro na Avenida Paulista era dada como certa por organizadores de movimentos de rua após conversas com integrantes da campanha. Na sexta-feira (29), porém, eles foram informados do interesse do presidente em promover um grande desfile militar na praia de Copacabana.

A vontade pessoal de Bolsonaro naturalmente será levada em consideração. Porém, a agenda do presidente nos atos de 7 de setembro ainda está em alinhamento. "É possível que se encaminhe nesse sentido [a presença do presidente na Praia de Copacabana], mas isso ainda está em discussão", diz um dos organizadores. "O certo é a atividade em Brasília, as outras opções ainda estão em planejamento, não há nada definido ainda", reforça um interlocutor da campanha.

Quais as dificuldades em conciliar ida de Bolsonaro à Paulista e Copacabana

O cenário ideal traçado por organizadores e coordenadores da campanha era levar Bolsonaro à praia de Copacabana, no início da tarde, por volta das 14 horas, e à Avenida Paulista, às 16h. Porém, coordenadores de movimentos de rua apontam que há uma dificuldade logística em promover isso.

"Os coordenadores eleitorais do presidente e outras pessoas da campanha fazem questão que ele vá à Paulista também, mas os eventos [em São Paulo] terminam às 17h, não daria tempo", diz um organizador. "Acho difícil, por questão de tempo, deslocamento, chegada, saída. Não dá tempo. Vai ter que optar entre um e outro, mas vamos ver como fica isso. Ainda haverá outras reuniões", acrescenta.

Além dos palcos em Brasília e São Paulo, o objetivo dos coordenadores dos movimentos de rua é promover manifestações em mais de 300 cidades, incluindo as capitais dos 26 estados.

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