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O candidato do PL ao governo de Minas Gerais, senador Carlos Viana.
O candidato do PL ao governo de Minas Gerais, senador Carlos Viana.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado.

O candidato do PL ao governo de Minas Gerais, senador Carlos Viana, admitiu nesta terça-feira (23) que foi o "plano B" do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa no estado. Apesar de serem do mesmo partido, Viana lembrou que o chefe do Executivo tentou fechar uma aliança com o atual governador e candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo). O candidato fez as declarações durante a sabatina promovida pelo podcast Frango com Quiabo, do portal g1.

“Eu tenho muita tranquilidade de dizer que sim [fui o plano B de Bolsonaro]. Porque quando o presidente me fez o convite para ir ao PL e colocar meu nome a disposição, ficou claro que a intenção era unir a direita em Minas Gerais… Mas o partido do atual governador [o Novo] não quis o apoio", afirmou Viana.

"É um partido que veio para política dizendo que não ia fazer política e acabou fazendo da pior maneira possível que é entregando os bens do Estado para o clube de milionários que fundou o partido Novo, ou então para partidos políticos que estão usando a estrutura da máquina no pedido de reeleição. Eu não sou contra a política, vim para a política, estou político, e enquanto eu estiver político, eu vou fazer política com transparência", continuou.

Segundo Viana, o Novo "deu as costas" ao chefe do Executivo. "O partido [Novo] não quis o apoio do presidente, deram as costas. E olha que o presidente ajudou muito Minas Gerais, muito. Eu sou testemunha da quantidade de vezes que o governador foi recebido do Palácio do Planalto. A dívida de Minas de R$ 460 bilhões, da qual R$ 120 bilhões, praticamente, são com o Tesouro, não foi cobrada, por conta do apoio político [do presidente] ao estado. Na reta final, acabou não acontecendo", apontou o senador.

"Para mim foi ótimo. Estou senador de primeiro mandato, continuo meu mandato e eu tenho possibilidade de mostrar aos mineiros como a política pode ser melhor", acrescentou. Viana atua como vice-líder do governo Bolsonaro no Senado. Ele afirmou que a posição veio pela "capacidade de diálogo e de transitar bem". Ele disse ainda que vê "uma possibilidade grande" de um "segundo turno muito diferente do que as pesquisas estão indicando" para o estado.

Segurança

Questionado sobre a instalação de câmeras nos uniformes policiais, Viana afirmou que concorda com a iniciativa. "Eu entendo que a câmera vai, primeiramente, defender o policial", disse. O candidato ressaltou que em casos de violência doméstica, por exemplo, é preciso fortalecer a prevenção.

"A Polícia Militar de Minas foi pioneira na criação de grupos de prevenção a violência doméstica, que hoje não funcionam corretamente, foram abandonados. A gente precisa começar a trabalhar isso de uma forma mais efetiva: prevenção", afirmou. O candidato defendeu que é preciso "unir tecnologia ao trabalho dos policiais" e reduzir o risco de trabalho dos agentes.

Expansão do metrô

Viana ressaltou que existem recursos para completar o projeto e também pode ser usado um plano de concessão e linhas de financiamento para tornar o negócio sustentável. Segundo ele, há 20 anos "Minas Gerais não tem um sequer projeto de mobilidade".

"Nós temos que começar a pensar como nós vamos tornar o metrô sustentável, não é só entregar à iniciativa privada. Nós precisamos que esse metrô vá até Ribeirão das Neves, que é possível, é um metro de superfície… Mas isso tem que estar no plano de desenvolvimento do metrô", disse.

Acordo com a Vale

Viana disse que, se eleito, pretende refazer o acordo fechado entre o governo de Minas e a Vale em fevereiro de 2021 para a reparação pelo rompimento da barragem em Brumadinho. O valor do acordo é de R$ 37,6 bilhões. "Nós temos R$ 37 bilhões para usar em Minas Gerais que o governo não teve competência de usar. Nós estamos perdendo uma grande oportunidade de replanejar a Região Metropolitana de Belo Horizonte", disse.

Segundo o candidato, o novo acordo referente ao rompimento da barragem de Mariana deve sair em 2023 no valor de pelo menos R$ 45 bilhões. "Nós vamos refazer os acordos da Vale e vamos usar boa parte desse dinheiro na construção de habitação popular e na regularização de terrenos em vilas e favelas", reforçou.

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