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O presidente Jair Bolsonaro e os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia)| Foto: Edu Andrade/Ascom/ME

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, vai respeitar o resultado das eleições de outubro em caso de eventual derrota. Para Nogueira, a possibilidade de um revés no pleito é remota, mas não há dúvida de que Bolsonaro entregará o cargo se esse cenário hipoteticamente vier a se confirmar. O ministro concedeu entrevista à Veja.

“Lógico que vai respeitar [o resultado das eleições], gente. O presidente é um democrata”. [...] "O povo brasileiro não vai deixar acontecer. Mas, se ele viesse a perder, não tenho nem dúvida quanto a isso [de que Bolsonaro deixará o cargo]. Nem dúvida”, disse Nogueira à Veja.

Ainda sobre desempenho eleitoral, Nogueira foi questionado sobre a votação que o PT, partido de Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente e candidato ao Palácio do Planalto, registrou no Nordeste nas últimas eleições presidenciais. O ministro afirmou que Lula é muito forte nessa região, mas avaliou que Bolsonaro pode reduzir essa diferença, sobretudo nas capitais.

Quando questionado sobre a tensão entre Bolsonaro e o Poder Judiciário diante dos questionamentos sobre o processo eleitoral, o ministro da Casa Civil afirmou que acredita no bom senso das partes e na pacificação desse cenário.

Em 18 de julho, Bolsonaro questionou a segurança do sistema eleitoral brasileiro durante em evento com embaixadores no Palácio da Alvorada. O presidente da República afirmou que, segundo uma investigação, um hacker teria invadido o sistema do TSE e, por oito meses, teve acesso a "toda a documentação do TSE" e "toda a base de dados". Bolsonaro alegou também que o invasor teve acesso à senha de um ministro da Corte eleitoral, "bem como de outras autoridades".

Mas o TSE tem rebatido essa e outras declarações de Bolsonaro sobre a segurança das urnas. A Corte diz que a tentativa de ataque não violou a segurança dos equipamentos. Cita várias agências de checagem que, com base na opinião de especialistas, afirmam que a invasão de 2018 não implicou em fraude no registro ou contagem dos votos. Da mesma forma, o TSE contesta a afirmação de que um hacker poderia excluir nomes de candidatos das urnas. “Em nenhum momento as urnas eletrônicas são conectadas à internet, nem possuem placa que dê acesso a outro tipo de conexão em rede”, diz o tribunal.

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