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Imagem de um dos protestos postada pelo MTST
Imagem de um dos protestos postada pelo MTST| Foto: Reprodução / MTST

A coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) orientou a militância nos estados a se organizar para desbloquear as rodovias que estão interrompidas em quase todo o Brasil. Caminhoneiros que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) bloqueiam estradas desde a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República. Agora o MTST diz que quer exigir o respeito ao resultado das eleições.

A informação foi postada nas redes sociais do movimento nesta terça-feira (1). A nota também traz críticas ao atual governo e cobra que as forças de segurança deem aos militantes o mesmo tratamento dispensando aos apoiadores de Bolsonaro.

“Nos últimos 4 anos, observamos no Brasil a construção de um governo autoritário, fascista. Foram inúmeras as manifestações de desrespeito aos princípios democráticos, com ataques à imprensa, ao livre direito de manifestação, às instituições e ao sist. eleitoral. Nós do MTST sempre estivemos nas ruas lutando por direitos sociais legítimos como casa e comida. Muitas dessas vezes fomos recebidos com tiros, bombas, agressões e prisões. Diante disso, a coordenação nacional do MTST orienta sua militância nos estados a organizar manifestações para desbloquear as principais vias de acesso, exigindo o respeito às eleições. Esperamos ser tão bem recebidos pelas forças de segurança quanto os bolsonaristas estão sendo”, diz a nota divulgada pelo MTST.

Mas as rodovias já estão sendo liberadas pela Polícia Rodoviária Federal e pela Polícia Militar dos estados após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte confirmou a decisão liminar que havia sido dada pelo ministro Alexandre de Moraes na noite de segunda-feira (31). Moraes determinou que a PRF e as PMs tomem medidas necessárias "para a imediata desobstrução de todas as vias públicas" bloqueadas "ilicitamente".

Segundo o último balanço da PRF, 339 pontos foram desbloqueados nas rodovias federais até as 14h30 desta terça-feira (1). Ainda existem atos em 21 estados e no Distrito Federal, nos quais existem 153 interdições parciais e 77 bloqueios.

PSTU também faz convocação para militância e critica o PT

De forma semelhante ao MTST, o PSTU convocou militantes de esquerda e trabalhadores para o que chamou de reação ao "golpe da ultradireita". A legenda também criticou o PT - partido de Lula - por não fazer essa convocação e defendeu a prisão do diretor-geral da PRF.

"[...] É necessário mobilizar e organizar a classe operária, trabalhadora e os setores populares. É necessário que as organizações operárias e populares organizem a reação a esta ação de bloqueio de estradas, mas não só, precisamos estar organizados e preparados para, através da autodefesa, impedir novas ameaças e derrotá-las [...]", disse o partido.

"[...] É preciso ir às ruas e avançar na organização, mobilização e autodefesa da classe e do povo pobre. Tanto para garantir a saída em definitivo de Bolsonaro caso a situação escale, debelando os bloqueios e manifestações por golpe militar onde for possível, como para se preparar para futuros embates contra a ultradireita [...]", afirmou o PSTU em outro trecho da matéria publicada em seu site.

MST tem posicionamento diferente do MTST

Com posicionamento diferente do MTST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem orientado os seus militantes a terem calma. Em publicação nas redes sociais feita no início da tarde desta terça-feira (1º), João Paulo Rodrigues, coordenador nacional do movimento, pediu que a militância do MST não vá ao encontro de manifestantes apoiadores do Bolsonaro, que bloqueiam estradas em vários estados desde domingo (30) após a vitória de Lula.

“Povo de luta, o momento agora e celebrar nossa vitória e acalmar nosso Brasil. Cabe ao Estado e suas instituições reprimir essa onda golpista (já esperada né) e iniciar a transição para novo gov. As nossas organizações não deve cair nas provocação e seguir denunciando o golpismo”, diz Rodrigues na postagem.

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