Confira as intenções de voto em Lula e Bolsonaro na pesquisa Ideia

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Primeiro levantamento Ideia, sobre o segundo turno da corrida presidencial, divulgado nesta quinta-feira (20), mostrou o candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, com 50% das intenções de voto. O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, estava com 46%.

Se consideradas apenas as intenções de votos válidos (excluídos os que disseram que votariam nulo, branco ou que estavam indecisos), Lula teria 52% e Bolsonaro, 48%. Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, os candidatos estavam tecnicamente empatados.

Nota da redação: No primeiro turno, o levantamento do Ideia apresentou divergência importante entre a pesquisa e o resultado apurado nas urnas para o candidato Jair Bolsonaro (PL). Em pesquisa divulgada no dia 29 de setembro, três dias antes das eleições, o instituto mostrava que Lula tinha 47% das intenções de votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), e que Bolsonaro tinha 37%. A margem de erro era de 3 pontos percentuais. O resultado apurado nas urnas revelou um cenário diferente para Bolsonaro, que fez 43,2% dos votos válidos no domingo (2) – distante da margem de erro alegada. Lula obteve 48,43%. A maioria dos institutos não conseguiu retratar o comportamento do eleitor no primeiro turno, principalmente daqueles que votaram em candidatos de direita. Leia mais aqui.

Intenção de voto para a Presidência da República (totais)

• Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 50%
• Jair Bolsonaro (PL) - 46%
• Nulo/branco/nenhum - 2%
• Não sabe/não respondeu - 2%

Intenção de voto para a Presidência da República (válidos)

• Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 52%
• Jair Bolsonaro (PL) - 48%

Intenção de voto para a Presidência da República (pesquisa espontânea)

• Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 50%
• Jair Bolsonaro (PL) - 44%
• Nulo/branco/nenhum - 3%
• Não sabe/não respondeu - 4%

Certeza em relação ao voto

• Definido: 94%
• Pode mudar: 5%
• Não sabe: 1%

Quem você acha que vai ganhar a eleição?

• Lula: 53%
• Bolsonaro: 43%
• Não sabe: 3%

Avaliação do governo Bolsonaro

A pesquisa também perguntou aos entrevistados neste levantamento como eles avaliavam o governo de Jair Bolsonaro: 43% responderam que consideram a gestão do presidente ruim ou péssima, 38% disseram ser ótima ou boa e 18% afirmaram considerá-la regular. Os que disseram que Bolsonaro não merece ser reeleito somaram 50%, enquanto 48% disseram que ele merece.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa do instituto Ideia, feita com recursos próprios do instituto, entrevistou, por telefone, 1.500 eleitores do país, entre os dias 14 e 19 de outubro de 2022. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral com o protocolo BR-00053/2022. O PDF da pesquisa está disponível neste link.

Já a pesquisa de 29 de setembro ouviu 1.500 eleitores entre os dias 23 e 28 de setembro de 2022. A margem de erro era de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança era de 95%. O número do registro da pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR-09782/2022.

Por que a Gazeta publica pesquisas eleitorais

A Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. Você pode conferir os levantamentos mais recentes neste link.

As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população. Métodos de entrevistas, a composição e o número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar o resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.

Também é importante ressaltar que as pesquisas publicadas antes do primeiro turno das eleições de 2022 apontaram discrepâncias relevantes em relação ao resultado apresentado na urna.

Feitos esses apontamentos, a Gazeta considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.