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Aline Sleutjes durante discurso na tribuna da Câmara dos Deputados, em julho de 2022
Aline Sleutjes durante discurso na tribuna da Câmara dos Deputados, em julho de 2022| Foto: Elaine Menke/Câmara do Deputados

Deputada federal em seu primeiro mandato e agora candidata ao Senado, a paranaense de Castro Aline Sleutjes (Pros), com 43 anos de idade, vem disputando eleições desde 2000, filiada a diferentes siglas partidárias.

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Ao longo do mandato na Câmara Federal, se apresentou como fiel aliada do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) – foi vice-líder do Governo na Casa e comandou a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural entre março de 2021 e abril de 2022. Agora, permanece apostando em frases e bandeiras bolsonaristas na corrida ao Senado.

Formada em Educação Física e filha de agropecuaristas, Aline Sleutjes se apresenta como “cristã, conservadora, mãe, de direita, bolsonarista, defensora do agro, segurança e educação”.

“Lembro como se fosse ontem quando o presidente Bolsonaro me disse: 'vá e trabalhe'. Sem pensar duas vezes, aceitei o desafio e desde então tenho lutado com força pela renovação do Senado do Paraná. Meu apoio ao presidente não tem data de validade, estaremos juntos nessa jornada”, escreveu ela, em uma rede social, no primeiro dia da campanha eleitoral, quando também marcou presença no Agroleite 2022, da Cooperativa Castrolanda. O apoio de Bolsonaro, contudo, tem sido para um correligionário do PL, Paulo Martins, colega de bancada de Aline Sleutjes na Câmara dos Deputados.

Disputas anteriores de Aline Sleutjes

Na primeira disputa dela, no ano de 2000, Aline se candidatou a vereadora em Castro pelo PSDB, mas não conseguiu uma cadeira - a vitória nas urnas ocorreu em 2004. Em 2008, já filiada ao DEM, não se elegeu vice-prefeita de Castro, na chapa encabeçada por Maria Helena de Albuquerque (DEM). Mas, quatro anos depois, filiada ao PSDC, foi eleita vereadora novamente, com 1.298 votos, o maior número entre os eleitos para o Legislativo local. Pela mesma legenda, foi lançada candidata a deputada estadual nas eleições de 2014, mas não conseguiu a cadeira na Assembleia Legislativa. Em 2016, filiada ao PR, nova derrota para a prefeitura de Castro. Antes de se eleger em 2018, ela chegou a ser assessora parlamentar do deputado estadual Ricardo Arruda (ex-PSL e hoje no PL).

Na vitória para deputada federal, nas eleições de 2018, Aline Sleutjes já estava no PSL, assim como Bolsonaro. E se manteve ao lado do chefe do Planalto após o rompimento com Luciano Bivar, no final de 2019. Sleutjes, e também o deputado federal Filipe Barros (ex-PSL e hoje no PL), se tornaram os principais articuladores no Paraná do que seria um futuro partido político capitaneado por Bolsonaro, o Aliança Brasil. A criação da sigla, contudo, não deu certo, e na esteira da fusão entre PSL e DEM (composição que formou o atual União Brasil), Aline Sleutjes migrou para o Pros, o Partido Republicano da Ordem Social.

Mandato na Câmara dos Deputados

Entre os projetos de lei que ela aponta como mais relevantes, apresentados ao longo desta legislatura na Câmara dos Deputados, estão o que prevê aumento de pena para invasores de propriedades rurais (PL 5040/2019); o que isenta portadores de doença grave da cobrança de Imposto de Renda na aposentaria ou pensão (PL 3568/2020); e o que pune a comercialização de cabos, fios e materiais metálicos obtidos por meio ilícito (PL 3410/2021).

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Ao longo do mandato em Brasília, Aline Sleutjes também se tornou alvo de dois inquéritos, no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). O primeiro, aberto em abril de 2020, tratava de uma investigação para descobrir organizadores e financiadores de atos antidemocráticos, como manifestações que defendiam o fechamento do STF e o retorno da ditadura militar. Dezenas de pessoas foram investigadas, incluindo parlamentares da base aliada de Bolsonaro, caso da parlamentar do Pros. Mas a Procuradoria Geral da República (PGR) alegou que não encontrou provas contra pessoas que detêm foro especial e pediu o arquivamento do inquérito, o que ocorreu em 1º de julho de 2021.

Na mesma data, contudo, outro inquérito foi aberto contra Aline Sleutjes, por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes. De acordo com ele, a quebra de sigilo bancário feita no inquérito anterior, sobre atos antidemocráticos, revelou indício de prática de “rachadinha” no gabinete da parlamentar paranaense. O inquérito ainda tramita no STF, sob sigilo.

“Quem me conhece sabe que isso jamais aconteceu, porque tenho princípios, nunca ganhei nada com a política, na verdade só perdi. Jamais coagiria funcionários a devolverem seus salários, pois não compactuo dessa prática, além do mais, cada um trabalha para pagar suas contas e manter suas famílias. Já prestei todas as informações à Polícia Federal na época. Meu sigilo bancário e telefônico está quebrado desde o primeiro inquérito. Já provei com documentação todos os questionamentos e estou aguardando o arquivamento o mais breve possível de mais este episódio”, afirmou Aline Sleutjes, em nota encaminhada à reportagem da Gazeta do Povo, na última sexta-feira (19).

“Infelizmente estas atitudes que vemos diariamente acontecer contra deputados de direita e bolsonaristas nos fazem repensar e avaliar qual justiça temos no Brasil”, acrescentou a candidata.

ELEIÇÃO AO SENADO

  • Candidata: Aline Sleutjes
  • Número de urna: 900
  • Filiação partidária: Partido Republicano da Ordem Social (Pros)
  • Patrimônio: R$ 457.425,11 em bens
  • Município de nascimento: Castro/PR
  • Data de nascimento: 26/7/1979
  • Grau de instrução: superior completo
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