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Nas eleições de outubro, Sergio Moro (União) e Alvaro Dias (Pode) disputam a cadeira do Paraná no Senado
Nas eleições de outubro, Sergio Moro (União) e Alvaro Dias (Pode) disputam a cadeira do Paraná no Senado| Foto: Agência Brasil

De olho no eleitorado, os candidatos ao Senado pelo Paraná Alvaro Dias (Podemos) e Sergio Moro (União Brasil) têm travado batalhas na Justiça Eleitoral. Aliados até março, quando Moro optou por trocar o Podemos pelo União Brasil, ambos têm evitado os ataques diretos nas propagandas que exibem na televisão ou nas entrevistas que concedem à imprensa. Mas, na Justiça Eleitoral, a movimentação é diferente.

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No último dia 25, os advogados de Alvaro entraram com uma representação contra a campanha de Moro por suposta veiculação de “fake news” via WhatsApp. O candidato do Podemos alegou que a candidatura de Moro distribuiu vídeos com o objetivo de vincular Alvaro como apoiador do candidato do PT à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva. No vídeo, Alvaro é associado à seguinte frase: “PSB – Partido Socialista Brasileiro; Vermelhos que estão ajudando Lula e o PT; No Paraná olha só com quem os Socialistas estão de mãos dadas; Quem ama a pátria de verdade não vota em quem apoia o PT”.

O PSB, que hoje está na chapa de Lula ao Planalto, também integra a aliança que sustenta a candidatura de Alvaro. Apesar disso, no Paraná, o PSB está historicamente ligado ao PSDB, sigla que por anos abrigou Alvaro, quando a legenda protagonizava o embate com o PT. Além disso, o Podemos de Alvaro não tem candidato da sigla ao Planalto - chegou a lançar o nome do próprio Sergio Moro no final do ano passado, mas o ex-juiz federal depois migrou para o União Brasil. Com a desfiliação de Moro, o Podemos passou a integrar a coligação que sustenta a candidata do MDB à presidência da República, Simone Tebet.

Mas, Moro negou a autoria do vídeo e a juíza auxiliar Melissa de Azevedo Olivas concordou que não há provas de que a mídia foi feita e distribuída pela campanha do candidato do União Brasil. “Não havendo provas da autoria ou do prévio conhecimento dos representados a respeito dos fatos narrados, tratando-se de suposição dos representantes sem qualquer evidência probatória, o indeferimento da inicial é medida que se impõe”, escreveu ela.

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Mais recentemente, contudo, os advogados de Moro conseguiram que a Justiça Eleitoral obrigasse a campanha de Alvaro a falar os nomes de todos os partidos que integram a coligação do senador nas inserções no rádio. “As propagandas distribuídas até o momento camuflam informações como a coligação com o PSB”, sustentou a campanha de Moro. A decisão, assinada na última terça-feira (6), é do juiz auxiliar Roberto Aurichio Junior.

A campanha de Moro tem apostado na rejeição ao PT e à esquerda para tentar ganhar votos. Além disso, identificou um movimento que pode beneficiar o seu ex-correligionário nas urnas. Alvaro estaria aparecendo como opção de parte do eleitorado petista que prefere a derrota de Moro, responsável por decretar a prisão de Lula em 2018, na esteira da Operação Lava Jato. Já o PT nega que esteja estimulando o “voto útil” em Alvaro Dias, reforçando que trabalha pela vitória de Rosane Ferreira (PV), a candidata ao Senado pela Federação PT-PV-PCdoB.

Os advogados de Sergio Moro já saíram vitoriosos na Justiça Eleitoral em outras representações contra Alvaro Dias, que chegou a ser multado em R$ 10 mil por propaganda eleitoral antecipada em e-mail a eleitores – “Embora a palavra voto não tenha sido utilizada, tem-se que houve utilização da palavra “escolha”, com pedido expresso de que seja escolhido, o que configura as chamadas “magic words”, violando o permissivo legal”, justificou a juíza auxiliar Melissa de Azevedo Olivas.

Alvaro também foi obrigado a reduzir a participação de um apoiador na televisão – o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), se manifestou por 10 segundos a favor do candidato do Podemos, mas, apontou a campanha de Moro, a legislação eleitoral só permitiria 7,5 segundos, entendimento acolhido pelo juiz auxiliar Roberto Aurichio Junior.

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