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Guto Silva (PP), durante convenção do PSD
Guto Silva (PP), durante convenção do PSD| Foto: Divulgação/PSD do Paraná

Faltando menos de uma semana para o fim das convenções partidárias – o prazo máximo para a realização delas é 5 de agosto -, a corrida pela cadeira do Paraná no Senado acumula indefinições. Mesmo nomes que já foram lançados por suas legendas ainda podem mudar de ideia e buscar outra vaga nas eleições. As especulações hoje giram principalmente em torno dos pré-candidatos ao Senado que se vincularam ao nome do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), candidato à reeleição e considerado um cabo eleitoral de peso para quem quer a vaga de Brasília. Ao indicar publicamente seu preferido no grupo, Ratinho Junior indiretamente estimula os demais aliados a procurarem alternativas.

“Temos uma aliança muito ampla, com partidos que têm candidatos a presidente e têm candidatos a senador, mas estão imbuídos junto com a gente nesse projeto para o estado. Respeitamos todas essas candidaturas. Eu tenho um candidato pessoal, que está sendo construído, que é o Paulo Martins (PL). E a gente espera que a gente consiga trabalhar desta forma unida, pensando no Paraná e com bons representantes no Senado”, disparou o governador, no último sábado (30), durante a convenção do PSD.

A declaração pegou aliados de surpresa e foi um balde de água fria para os candidatos ao Senado que já se aglomeravam no palanque para participar da convenção de Ratinho Junior, como Guto Silva (PP) e Orlando Pessuti (MDB). Embora não tenha colocado o apoio a Paulo Martins como uma decisão formal do PSD, a preferência “pessoal” de Ratinho Junior tem impacto imediato. Ex-secretário-chefe da Casa Civil de Ratinho Junior, o deputado estadual Guto Silva reconheceu a frustração ainda no sábado (30). “Se esse for o encaminhamento, fica difícil avançar. Vamos conversar para ver qual o melhor caminho”, indicou ele. Nos bastidores, corre que Guto Silva ainda pode optar pela reeleição na Assembleia Legislativa. Além disso, o senador Alvaro Dias (PODE), que no passado apostava na costura com Ratinho Junior para sair candidato à reeleição, agora está sem destino certo - não descarta nem mesmo a candidatura à presidência da República.

A posição de Ratinho Junior tem influência do presidente Jair Bolsonaro (PL), que já no mês de maio anunciou apoio a Paulo Martins, a despeito do esforço que Guto Silva fez para se aproximar de Bolsonaro, via deputado federal Ricardo Barros, principal nome do PP no Paraná e líder de Bolsonaro na Câmara Federal. Outra candidatura ao Senado fragilizada ainda em maio, a partir da declaração de Bolsonaro, foi a da deputada federal Aline Sleutjes (Pros), que faz seu primeiro mandato na Câmara Federal vinculado a bandeiras bolsonaristas. Mas, a decisão do Pros, ao menos até aqui, foi seguir com a candidatura. No último sábado (30), a convenção da sigla confirmou o nome da parlamentar ao Senado e o apoio à reeleição de Ratinho Junior.

Além do Pros, do PL, do PP e do MDB, Ratinho Junior deve ter apoio ainda do Solidariedade, Republicanos, PSB, PTB e União Brasil, que lança o nome do ex-juiz federal Sergio Moro ao Senado nesta terça-feira (2). Fora do campo de Ratinho Junior, os demais nomes ao Senado, até agora, são os seguintes: Eneida Desiree Salgado, pelo PDT, Laerson Matias, pelo Psol, e Roberto França, pelo PCO. Já a federação formada por PSDB e Cidadania lançou Cesar Silvestri Filho (PSDB) ao Senado. A federação formada pelo PT, PV e PCdoB também deve lançar um candidato ao Senado até a próxima sexta-feira (5).

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