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Sergio Moro vence eleição ao Senado e vai para seu primeiro mandato eletivo
| Foto: Gazeta do Povo

Em disputa acirrada, Sergio Moro (União) foi eleito neste domingo (2) para a cadeira do Paraná no Senado Federal, com 33,50% dos votos válidos, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Será o primeiro mandato eletivo de Moro, que aos 50 anos de idade também fez sua estreia nas urnas. A apuração total chegou ao fim por volta das 22h30, com Moro registrando um total de 1.953.159 votos (confira os números logo abaixo).

A maioria das pesquisas de intenção de voto registradas até aqui apontava a possibilidade de reeleição de Alvaro Dias (PODE), embora com números próximos aos de Moro. Mas, neste domingo (2), Alvaro fez 23,94% dos votos válidos, ficando apenas em terceiro lugar. Já o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Senado, Paulo Martins (PL), ficou em segundo lugar, com 29,12% dos votos válidos. A diferença entre Moro e Paulo Martins foi de 255.210 votos.

No Paraná, o número de eleitores aptos a votar é de 8.466.408, mas o comparecimento nas urnas, neste domingo (2), foi de 80,50%. Ou seja, 6.815.688 pessoas saíram de casa para votar. Deste grupo, houve 506.442 votos nulos (ou 7,43%) e 478.670 votos em branco (ou 7,02%), considerando somente a votação para o Senado.

Perfil

Sergio Moro se tornou nacionalmente conhecido durante a Operação Lava Jato, quando ocupava a cadeira de juiz federal na 13ª Vara Criminal de Curitiba. Abandonou a magistratura para assumir a pasta da Justiça no governo Bolsonaro, com quem rompeu no início de 2020. Ao longo da campanha eleitoral, contudo, Moro fez acenos claros a Bolsonaro e levantou a bandeira anti-PT e contra o ex-presidente Lula. Também trabalhou para ligar seu adversário Alvaro Dias à esquerda, aproveitando a aliança do senador com o PSB de Geraldo Alckmin.

O ex-juiz federal entrou na política ao aceitar o comando do Ministério da Justiça no primeiro ano do mandato de Bolsonaro, mas foi somente no final de 2021 que Moro se filiou ao Podemos, já de olho no Palácio do Planalto. Em março de 2022, em um movimento inesperado, se mudou para o União Brasil. Dentro da legenda comandada por Luciano Bivar, o ex-juiz federal não conseguiu apoio para a corrida ao Planalto, entrando na disputa ao Senado. Na mesma época, também tentou se candidatar por São Paulo, mas a troca de domicílio eleitoral, de Curitiba para São Paulo, foi barrada pela Justiça Eleitoral.

Suplentes

Os suplentes de Moro no Senado são o advogado Luis Felipe Cunha (União), de 42 anos, e o empresário Ricardo Guerra (União), de 43 anos. Primeiro suplente, Cunha mantém um escritório de advocacia full service em Curitiba, atualmente exerce a vice-presidência do Instituto dos Advogados do Paraná e é membro da Comissão de Direito Desportivo da OAB no Paraná. Cunha é considerado um braço direito de Moro. O segundo suplente de Moro é uma indicação de um aliado. O empresário Ricardo Guerra é irmão do deputado estadual Luiz Fernando Guerra (União).

  • Veja a proporção de votos válidos obtidos pelos candidatos que disputaram a cadeira do Paraná no Senado:
  • Sergio Moro (União): 33,50% (1.953.159 votos)
  • Paulo Martins (PL): 29,12% (1.697.949 votos)
  • Alvaro Dias (PODE): 23,94% (1.395.926 votos)
  • Rosane Ferreira, da Federação PT-PCdoB-PV: 8,16% (475.586 votos)
  • Desiree (PDT): 2,24% (130.520 votos)
  • Aline Sleutjes (Pros): 1,54% (89.560 votos)
  • Orlando Pessuti (MDB): 1,09% (63.784 votos)
  • Laerson Matias (Psol): 0,31% (17.953 votos)
  • Roberto França da Silva Junior (PCO): 0,06% (3.402 votos)
  • Dr Saboia (PMN): 0,04% (2.521 votos)
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