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Prioridades
Educação precisa ser uma das prioridades do próximo governo, aponta pesquisa feita pela CNI| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Educação, saúde pública, crescimento econômico, redução de impostos e geração de empregos devem ser as prioridades do presidente eleito para os próximos quatro anos, aponta levantamento feito pelo Instituto FSB Pesquisa para a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A educação foi mencionada como primeira ou segunda prioridade por 34% dos industriais e saúde pública, por 26%. Na sequência, os itens mais citados foram crescimento econômico (20%), redução de impostos (14%) e geração de emprego (12%).

Na pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (15), os industriais também elencaram quais as áreas do país que, na avaliação deles, mais melhoraram ou pioraram nos últimos quatro anos. Também avaliaram a situação da economia brasileira e de suas próprias empresas, e quais as perspectivas para os próximos anos. A maior parte faz uma análise positiva do cenário atual e se diz otimista com o futuro.

O Instituto FSB entrevistou, por telefone, executivos de 1.001 empresas industriais de pequeno, médio e grande portes, em amostra proporcional ao quantitativo de companhias desses tamanhos em todos os estados. As entrevistas foram feitas entre 10 e 24 de agosto.

Confira a seguir os principais resultados.

Quais devem ser as ações na educação, segundo os empresários

Segundo a pesquisa, 34% dos empresários consideram que a educação deve ser prioridade do presidente eleito para os próximos quatro anos. Foi o item mais citado dentre as áreas que, na avaliação dos donos de empresas, devem ser prioritárias.

Conforme o levantamento, 22% dos empresários consideram que a educação é uma das áreas que mais pioraram no país nos últimos quatro anos. Foi o item mais citado nesse rol. Somente 4% dos entrevistados disseram que a educação está entre as áreas que mais melhoraram no período.

Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a educação de qualidade em todos os níveis é um dos pilares fundamentais para a construção da cidadania e a prosperidade das nações. "Só com educação de qualidade vamos preparar pessoas capazes de interpretar os avanços tecnológicos e propor soluções inovadoras", diz Andrade em nota.

O caminho para melhorar a educação passa, de acordo com os industriais, para um maior olhar sobre o ensino técnico, o ensino básico e a alfabetização. E como ações específicas eles sugerem, principalmente:

  • melhorar a capacitação dos professores;
  • priorizar cursos técnicos e profissionalizantes;
  • aumentar o salário dos professores;
  • melhorar as condições das escolas; e
  • melhorar a qualidade do ensino.

O gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, ressalta que a pesquisa mostra que há uma demanda do setor empresarial por maior investimento no ensino técnico. “Outro ponto é a preocupação com a qualidade do ensino. Diante de uma indústria cada vez mais tecnológica, o ensino precisa acompanhar as habilidades exigidas pelas empresas”, afirma Azevedo em comunicado.

O que deve ser feito na saúde pública

Outra área prioritária para o futuro governo deve ser a da saúde pública, segundo 26% dos empresários ouvidos pela pesquisa. Os entrevistados sugerem que seja dado foco principalmente a:

  • melhorar as condições dos hospitais e postos de saúde;
  • qualificar melhor os médicos e enfermeiros;
  • contratar mais médicos e enfermeiros;
  • realizar mais investimentos; e
  • investir na manutenção dos atuais postos, clínicas e postos de saúde.

Para 21% dos empresários, a saúde está entre as áreas em que o Brasil mais piorou nos últimos quatro anos. Foi o segundo item mais citado nessa lista.

Por outro lado, 8% acreditam que ela é uma das áreas que mais melhoraram. Foi o quinto item mais citado nessa relação.

Sugestões para o setor empresarial e para a economia

Na avaliação dos empresários da indústria, as prioridades do presidente eleito em relação ao setor empresarial devem ser:

  • redução de impostos;
  • reforma tributária;
  • linhas de crédito facilitadas;
  • redução da taxa de juros; e
  • desburocratização.

Quando avaliam a situação econômica, 48% dos empresários consideram que ela é boa ou ótima, ao passo que 35% a veem como regular e 17%, ruim ou péssima. Segundo a pesquisa, 61% se dizem otimistas e 10%, muito otimistas em relação ao futuro do país.

Três de cada cinco entrevistados apontam que a situação de sua empresa é boa ou ótima, enquanto 32% a consideram regular e 8%, ruim ou péssima.

As expectativas da indústria para os próximos quatro anos são favoráveis. Sete em cada dez executivos consideram que a situação vai melhorar um pouco (41% do total) ou muito (28%). E quatro em cada cinco esperam tempos melhores para os seus negócios.

Para a economia, os empresários apontam que o foco do governo de 2023 em diante deve ser:

  • redução de impostos;
  • simplificação de impostos;
  • controlar os gastos públicos;
  • combater a inflação; e
  • gerar empregos.

Propostas dos empresários para a geração de empregos

O mercado de trabalho tem superado expectativas neste ano, com saldos positivos no emprego formal e forte queda no desemprego – que, segundo o IBGE, caiu a 9,1% no trimestre encerrado em julho, o menor patamar desde o fim de 2015.

Mas algumas iniciativas podem ser adotadas para ampliar o leque de oportunidades de trabalho, apontam os empresários:

  • realizar a reforma tributária;
  • baixar impostos sobre a folha de pagamento;
  • fortalecer programas de capacitação profissional;
  • liberar crédito para empresas para investir e ou expandir a capacidade produtiva; e
  • realizar novos aperfeiçoamentos na legislação da atividade trabalhista.

Quais devem ser as prioridades na segurança pública

Segundo a pesquisa, 7% dos industriais consideram que a segurança pública é uma das áreas que mais pioraram no país nos últimos quatro anos. Por outro lado, 5% consideram que ela é uma das que mais melhoraram.

Independentemente do resultado, eles sugerem que algumas prioridades sejam adotadas nos próximos quatro anos. As cinco mais importantes, na avaliação dos empresários, são:

  • aumentar o efetivo de policiais nas ruas;
  • equipar a polícia;
  • aumentar o salário dos policiais;
  • evitar que as pessoas que cometem crimes fiquem pouco tempo na prisão; e
  • reformular o Código Penal.

As áreas em que o Brasil mais melhorou e piorou, segundo os empresários

Confira a seguir as áreas em que, na avaliação dos empresários, o Brasil mais melhorou e piorou nos últimos quatro anos.

Quais as áreas em que o Brasil mais melhorou (cinco mais citadas)

  • Agricultura/agronegócio: Citada por 16% dos entrevistados
  • Infraestrutura: 12%
  • Economia: 12%
  • Combate à corrupção: 10%
  • Saúde: 8%

Quais as áreas em que o Brasil mais piorou (cinco mais citadas)

  • Educação: Citada por 22% dos empresários
  • Saúde: 21%
  • Inflação: 9%
  • Segurança pública: 7%
  • Economia: 7%
Conteúdo editado por:Fernando Jasper
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