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Os candidatos a presidente Felipe d’Avila (Novo), Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL), Soraya Thronicke (União), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB)| Foto: Montagem com fotos de: Fiep; Divulgação dos candidatos. Flickr Palácio do Planalto

Até a manhã desta terça-feira (6), R$ 144 milhões em recursos públicos haviam sido destinados às campanhas dos candidatos à Presidência da República, segundo dados informados pelos partidos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com exceção dos dois presidenciáveis que abriram mão da verba – Felipe D’Avila (Novo) e Pablo Marçal (Pros) – os outros dez candidatos possuem fatias bastante diferentes desse montante.

Enquanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concentra a maior parte dos recursos, já recebeu R$ 66 milhões a título de Fundo Eleitoral, há candidatos que receberam R$ 800 mil.

Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu doações de empresas a candidatos e partidos políticos durante campanhas eleitorais. A partir daí, o principal modo de financiamento de candidaturas tornou-se o Fundo Eleitoral, o chamado “Fundão”, mas o Fundo Partidário também pode ser usado para essa finalidade. Juntos, eles somarão R$ 6 bilhões em recursos públicos neste ano.

Veja abaixo os presidenciáveis que mais receberam verba pública para financiar suas campanhas até o momento:

1º Lula (R$ 66,7 milhões)

Entre as campanhas dos candidatos à presidência, a de Lula é a líder disparada no recebimento de recursos públicos, com o uso de mais de R$66,7 milhões. O PT é o segundo partido com direito a mais verbas do Fundo Eleitoral neste ano; a sigla terá meio bilhão de Fundo Eleitoral, sem somar recursos do Fundo Partidário.

Recursos públicos representam 99,5% da receita da campanha de Lula, que arrecadou R$ 284 mil por meio de um financiamento coletivo e recebeu doações individuais de dois apoiadores até a manhã desta terça-feira (6) – uma de R$ 513, e a outra, de R$ 300.

2º Simone Tebet (R$ 33,2 milhões)

Filiada ao MDB, que ocupa a terceira posição no ranking de partidos que mais terão recursos do Fundão neste ano, com R$ 360 milhões, Simone Tebet recebeu até agora R$ 33,2 milhões, entre Fundo Eleitoral e Partidário, aproveitando o reforço de caixa dos repasses do PSDB, partido coligado à sua chapa. Todos os recursos da campanha da emedebista são públicos – a presidenciável não soma nenhuma doação particular ou de financiamento coletivo até a manhã desta terça.

3º Ciro Gomes (R$ 16 milhões)

O pedetista, que se lançou candidato à presidência em chapa “puro-sangue”, isto é, sem coligação com outros partidos, já recebeu R$ 16 milhões de Fundo Eleitoral. Como doação privada, possui apenas uma contribuição de R$ 1 mil vinda de um servidor da prefeitura de Fortaleza, capital do Ceará, seu estado-origem.

Em inserção eleitoral na quinta-feira (1º), Ciro pediu contribuições para a sua campanha. “Os outros têm muito mais recursos e estrutura”, disse o presidenciável.

4º Soraya Thronicke (R$ 15,5 milhões)

O União Brasil (fusão do DEM com o PSL), ao qual a candidata é filiada, possui R$ 780 milhões à sua disposição como Fundo Eleitoral, o que leva o partido ao primeiro lugar no ranking de maior captador de verba do Fundão. Até o momento, Soraya recebeu uma fatia de R$ 15,5 milhões desse bolo. Assim como Simone Tebet, a integralidade dos seus recursos de campanha vem de verba pública, e não há doações particulares.

5º Jair Bolsonaro (R$ 10,1 milhões)

O atual presidente da República e candidato à reeleição recebeu R$ 10,1 milhões do Partido Liberal (PL) a título de Fundo Partidário, o que representa 56% do total de recursos arrecadados pela campanha. O restante do valor (R$7,9 milhões) vem de contribuições individuais de mais de 600 doadores.

A maior doação, de R$ 1 milhão, foi feita pelo produtor rural Oscar Luiz Cervi. O segundo maior doador é o ex-piloto de Fórmula-1 Nelson Piquet, que contribuiu com R$ 500 mil. Entre os principais doadores da campanha de Bolsonaro também está Gilson Lari Trennepohl, que doou R$ 350 mil. O empresário é filiado ao União Brasil, partido de Soraya Thronicke, adversária na corrida presidencial.

Outros

Os únicos candidatos que não receberam verba pública para suas campanhas são Felipe D’Avila e Pablo Marçal.

Marçal, por outro lado, é o candidato, entre todos os cargos disponíveis das eleições deste ano, que mais aplicou recursos próprios em sua campanha. Foram R$ 596 mil destinados até agora, mesmo em meio a um impasse dentro de seu partido que pode impedi-lo de disputar o pleito deste ano.

Entre os outros candidatos, Vera (PSTU) e Léo Péricles (UP) receberam R$ 800 mil cada um em recursos públicos, e Eymael (DC) teve acesso a R$ 1,1 milhão. Ainda não apresentaram dados à Justiça Eleitoral as campanhas de Sofia Manzano (PCB) e do PTB, que lançou Padre Kelmon (PTB) à Presidência depois que o TSE barrou a candidatura de Roberto Jefferson devido à Lei da Ficha Limpa. A prestação de contas parcial das campanhas, obrigatória, ocorre entre os dias 9 e 13 de setembro.

Partidos com mais recursos do Fundo Eleitoral

Confira abaixo quais são os partidos que terão direito às maiores fatias desse orçamento:

  • União Brasil: R$ 776,5 milhões
  • PT: 499,6 milhões
  • MDB: R$ 360,3 milhões
  • PSD: R$ 347,2 milhões
  • PP: R$ 342,4 milhões
  • PSDB: R$ 320 milhões
  • PL: R$ 288,5 milhões
  • PSB: R$ 268,9 milhões
  • PDT: R$ 253,4 milhões
  • Republicanos: R$ 242,2 milhões
  • Podemos: R$ 191,4 milhões
  • PTB: R$ 114,5 milhões
  • Solidariedade: R$ 113 milhões
  • PSOL: R$ 100 milhões
  • Pros: R$ 91,4 milhões
  • Novo: R$ 90,1 milhões (o partido devolveu o dinheiro)
  • Cidadania: R$ 87,9 milhões
  • Patriota: R$ 86,5 milhões
  • PSC: R$ 76,2 milhões
  • PCdoB: R$ 76,1 milhões
  • Rede: R$ 69,7 milhões
  • Avante: R$ 69,2 milhões
  • PV: R$ 50,6 milhões
  • Agir: R$ 23 milhões
  • DC: R$ 3,1 milhões
  • PCB: R$ 3,1 milhões
  • PCO: R$ 3,1 milhões
  • PMB: R$ 3,1 milhões
  • PMN: R$ 3,1 milhões
  • PRTB: R$ 3,1 milhões
  • PSTU: R$ 3,1 milhões
  • UP: R$ 3,1 milhões
  • Total: R$ 4,9 bilhões
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