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Paulo Dantas (MDB), governador de Alagoas, foi afastado do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).| Foto: Carlos Villa Verde/Assembleia Legislativa de Alagoas

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou nesta quinta-feira (13) o afastamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB). A decisão da ministra Laurita Vaz, que afastou Dantas do cargo na última terça (11), foi referendada por 10 votos a 2. Com isso, o emedebista, que disputa a reeleição, ficará afastado do comando do estado até 31 de dezembro.

Ele foi apontado pela Polícia Federal como beneficiário de suposto esquema de "rachadinha", quando exercia o mandato de deputado estadual em 2019. Dantas é aliado do senador Renan Calheiros (MDB) e apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista cumpriu agenda de campanha nesta quinta (13) em Maceió (AL) ao lado de Dantas. "Quero dizer para vocês: eu jamais deixarei um companheiro no meio do caminho", disse Lula.

Dantas disputa o segundo turno contra Rodrigo Cunha (União Brasil), que é apoiado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Lira comentou a decisão do STJ nas redes sociais e criticou Calheiros e Dantas. "Espero que Renan e Paulo Dantas parem com essa farsa de interferência na PF. As provas de corrupção são graves e contundentes", disse o presidente da Câmara no Twitter.

Votação no STJ

Acompanharam o voto da ministra Laurita Vaz para manter Dantas afastado os ministros Francisco Falcão, Nancy Andrighi, Og Fernandes, Raul Araújo, Herman Benjamin, Maria Isabel Gallotti, Benedito Gonçalves e Antônio Carlos Ferreira. O ministro João Otávio de Noronha abriu a divergência e foi seguido pelo ministro Jorge Mussi.

Já o ministro Humberto Martins se declarou impedido de participar do julgamento. Martins, que é alagoano, afirmou que conhecia as partes envolvidas na investigação e, por isso, não se sentia apto para votar no caso.

"Chama a atenção o tamanho da ousadia dos criminosos de continuarem um esquema de corrupção dessa magnitude, baseado em saques regulares de vencimentos de servidores "fantasmas" da Assembleia Legislativa, com posterior desvio do dinheiro para outras contas bancárias, pagamentos e dissimulações de movimentações, mesmo depois de deflagrada a operação policial", disse Laurita, em seu voto.

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