O comício realizado pelo PL na noite desta quinta-feira (5) na capital mineira, pela candidatura de Bruno Engler à prefeitura de Belo Horizonte, foi uma demonstração de que a terceira maior cidade em importância econômica do país é estratégica para o partido. O evento, realizado em uma casa de shows na região centro-sul de BH, reuniu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); a presidente do PL Mulher, a ex-primeira dama Michele Bolsonaro; os senadores Flávio Bolsonaro (PL) e Cleitinho Azevedo (Republicanos); o deputado federal Nikolas Ferreira (PL); a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP) e o deputado estadual do Ceará, André Fernandes (PL).
Além de encorpar a campanha de Engler, Flávio Bolsonaro falou sobre a possibilidade de Bolsonaro disputar as eleições em 2026. “Para ele voltar à presidência da República em 2026, a gente vai aprovar a anistia e a gente vai para dentro daquele Senado. E para a gente chegar forte em 2026, a gente precisa eleger o prefeito desta cidade gigantesca que é Belo Horizonte”.
Questionado sobre um possível nome da direita para 2026, por causa da inelegibilidade, o ex-presidente respondeu: “Eu morri?”. E na sequência comentou: “Por que me tornaram inelegível? Porque me reuni com embaixadores? É uma covardia que fizeram comigo. É coisa de republiqueta. Não me tornaram inelegível porque acharam dinheiro na cueca, em malas, nem desfalque numa estatal. Aproveitaram o momento. Abuso de poder político? E o que ganhei me reunindo com os embaixadores? É questão pessoal do (ministro) Alexandre de Moraes”, declarou o ex-presidente.
O senador Cleitinho - que decidiu ir contra o partido, Republicanos (cujo candidato à prefeitura de BH é o deputado estadual Mauro Tramonte), ao apoiar a candidatura de Bruno Engler - teceu elogios ao candidato do PL para a cidade. “É o melhor deputado estadual do Brasil. O sistema me chamou para ir com outro candidato (Tramonte), mas não vou, vou com Bruno Engler", enfatizou.
Críticas ao STF e à administração do ex-prefeito Alexandre Kalil
O deputado federal Nikolas Ferreira, que tem sido a aposta do PL para alavancar a candidatura de Engler na capital mineira, criticou a administração do ex-prefeito Alexandre Kalil, que trocou o PSD - partido do atual prefeito Fuad Noman e candidato à reeleição - pelo Republicanos, de Tramonte, e tem como vice a ex-secretária de Gestão do governador Romeu Zema (Novo), Luísa Barreto (Novo).
“O trabalhador foi tratado como criminoso e o criminoso como trabalhador durante a pandemia (do Covid-19), essa cidade foi um abre e fecha punindo quem trabalhava. Só um líder que ficou ao lado do trabalhador, essa pessoa foi o Bolsonaro”, disse Ferreira. O deputado federal pediu empenho aos presentes para impulsionar o nome de Bruno Engler pela cidade. “Não vamos pregar para os convertidos, mas vamos mostrar quem é o verdadeiro candidato de direita aqui em BH”.
Nikolas Ferreira tem sido a aposta para alavancar Bruno Engler em BH.
Ferreira comparou as figuras de Bolsonaro e Engler ao dizer que o candidato em BH representa o mesmo que Bolsonaro em 2018: “lutar contra o sistema podre, o sistema que se juntou para derrubar a única candidatura de direita em BH”.
O Supremo Tribunal Federal (STF) também entrou na mira de críticas de Nikolas Ferreira, quando disse que é uma pessoa que luta pela liberdade de expressão ao lembrar do conflito da Corte com a rede social X, bloqueada no Brasil por decisão do ministro Moraes. “Supremo é o povo. O meu voto é do Bolsonaro e não de nenhum ministro do STF. O presente é deles, mas o futuro é nosso”, afirmou.
A ex-primeira dama Michele Bolsonaro falou sobre a importância de eleger Bruno Engler e ressaltou a escolha da vice na chapa, a coronel Claudia Romualdo. Michele disse ainda que não guarda “mágoas” de Minas Gerais, se referindo ao atentado sofrido por Bolsonaro no dia 6 de setembro, em 2018, em Juiz de Fora.
O ex-presidente também relembrou o ocorrido: “É um prazer estar retornando à minha segunda terra natal. Estarei em Juiz de Fora comemorando os seis anos de um renascimento. Não tenho lembranças tristes, só alegria. Todos somos passageiros aqui na Terra”, observou Bolsonaro.
Quais ONGs cooperaram com Moraes e são alvo do Congresso nos EUA
MST elege 133 candidaturas entre militantes próprios e políticos apoiadores da causa
Lula põe o comércio exterior brasileiro a serviço de terroristas e assassinos
Censura ineficaz: banimento do X no Brasil teve impacto mínimo no uso da rede social
Deixe sua opinião