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A ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT).| Foto: Pedro França/Agência Senado.

Quatro dias após o encontro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República, com lideranças do MDB, Dilma Rousseff (PT) divulgou uma nota em que citou suposta traição por parte de Michel Temer (MDB) e sugeriu que ele deveria ser evitado. A ex-presidente petista sofreu impeachment em 2016 e o emedebista, que era seu vice, assumiu o comando do Executivo.

Na nota publicada nas redes sociais e no site do PT, Dilma rebateu alguns pontos da entrevista dada por Temer ao UOL, na qual o ex-presidente do MDB afirmou que não houve “golpe” e que a petista é honesta, mas que ela não tinha bom diálogo com o Congresso. Segundo ela, a dificuldade com o Legislativo se deu em grande parte por causa da atuação de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, e que isso não justificaria o processo de impeachment, ao qual a esquerda denomina como “golpe”.

Além disso, Dilma afirmou que a história não perdoa a traição, que isso é motivo para evitar o emedebista e, ainda, que não pretende mais debater com Temer. “Relembro que a História não perdoa a prática da traição. O senhor Michel Temer não engana mais ninguém. O que se conhece dele é mais que suficiente para evitá-lo, razão pela qual não pretendo mais debater com este senhor”, disse a petista na nota.

Em meio a esse cenário, reportagem da Gazeta do Povo mostrou que a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) ao Planalto enfrenta dissidências dentro do MDB. Uma ala da legenda, que defende Lula, se mobilizou para tentar adiar a convenção do MDB que deve oficializar a candidatura. O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), reforçou na quarta-feira (20) que pretende realizar convenção nacional na quarta-feira (27), mas o grupo pró-Lula promete ir à Justiça para reverter a oficialização da candidatura.

Além disso, esse grupo acionou Temer para pedir a ele que convencesse o presidente da legenda a mudar de opinião e reagendar a convenção do MDB. Mas a estratégia, ao menos em um primeiro momento, não deu certo. Foi após o encontro com Temer que Baleia reiterou o interesse em fazer a convenção na próxima quarta-feira (27).

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