Bolsonaro justificou a escolha de Braga Netto como vice, destacando os cargos que o ex-ministro ocupou no governo e as décadas de serviço militar.
O novo ministro da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto e o presidente Jair Bolsonaro, durante cerimônia de posse no palácio do Planalto| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste domingo (26) que pretende oficializar nos próximos dias o nome do general Braga Netto (PL) como seu candidato a vice nas eleições deste ano. A declaração foi feita durante entrevista ao programa 4x4. “Olha, eu pretendo anunciar nos próximos dias o general Braga Netto como vice. Temos outros excelentes nomes, como a Tereza Cristina. O general Heleno quase foi meu vice lá atrás. Entre tantos nomes, pessoas maravilhosas, fantásticas, mas que vinham sendo trabalhados ao longo do tempo. Vice é só um. Gostaria de poder indicar dez, aí não teria problemas”, afirmou o presidente.

Bolsonaro ainda justificou a escolha do general, destacando os cargos que o ex-ministro ocupou no governo e as décadas de serviço militar. “O Braga Netto é uma pessoa que tem uma vida de 45 anos de serviço na caserna. Foi interventor por um ano aproximadamente no Rio de Janeiro. Veio para o nosso governo, pegou a difícil missão da Casa Civil durante a pandemia e foi para o Ministério da Defesa. É uma pessoa que eu admiro muito e que vai, caso a gente consiga a reeleição, ajudar e muito o Brasil nos próximos anos. Eu é que agradeço ao Braga Netto por ter aceitado a missão”, declarou Bolsonaro. Logo depois do anúncio o presidente publicou uma foto sua ao lado do general em suas redes sociais.

O ex-ministro da Defesa deixou o governo em março, poucos dias depois de assinar sua filiação ao PL, mesmo partido do presidente da República. O próprio Bolsonaro já afirmava, em abril, que havia 90% de possibilidade de Braga Netto assumir o posto, declarando que o nome do general dava credibilidade e respeitabilidade à chapa. A base governista tentava fazer com que o presidente optasse pelo nome da deputada federal Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura. Ele era a preferida do Centrão, o bloco de partidos que dá sustentação ao governo no Congresso. Embora não tivesse objeções pessoais em relação a Tereza, Bolsonaro demonstrou incômodo a interlocutores com a pressão política para a escolha da ex-ministra.