Bolsonaro voltou a criticar ministros do STF e do TSE e o sistema eleitoral brasileiro.
Bolsonaro voltou a criticar ministros do STF e do TSE e o sistema eleitoral brasileiro.| Foto: Clauber Cleber Caetano/PR.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar nesta terça-feira (2) os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em entrevista à Rádio Guaíba, o mandatário também questionou o sistema eleitoral brasileiro. Bolsonaro afirmou que o ministro Luís Roberto Barroso é um "criminoso" por ter articulado a rejeição à proposta do voto impresso defendida pelo governo.

“Interferência direta do Barroso dentro do Congresso Nacional para não aprovar o voto impresso. Interferência política, isso é crime previsto na Constituição. O Barroso é um criminoso”, disse o chefe do Executivo. Após a entrevista, Barroso se manifestou pelas redes sociais, sem citar o presidente.

“Mentir precisa voltar a ser errado de novo. Compareci à Câmara dos Deputados, como presidente do TSE, para debater o voto impresso, atendendo a TRÊS CONVITES OFICIAIS. E foi a própria Câmara que derrotou a proposta de retrocesso. Mas sempre haverá maus perdedores”, disse o ministro no Twitter.

Bolsonaro também afirmou que o ministro Alexandre de Moraes o persegue de forma “implacável”. O presidente acredita que Moraes poderia tentar incriminá-lo. "Inquéritos do Alexandre de Moraes são completamente ilegais, imorais. É uma perseguição implacável por parte dele, a gente sabe o lado dele… É maneira de jogar a rede e me incriminar em algum lugar. Moraes está fazendo tudo de errado e, no meu entender, não vai ter sucesso em seu intento final", disse o mandatário.

Bolsonaro também fez críticas ao presidente do Supremo, ministro Luiz Fux. Nesta segunda-feira (1º), durante a cerimônia de abertura do segundo semestre do Judiciário, Fux defendeu as urnas eletrônicas e reforçou que o sistema eleitoral brasileiro é um dos "mais eficientes, confiáveis e modernos de todo o mundo". O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, afirmou durante a volta dos trabalhos da Justiça Eleitoral questionar resultado da eleição é defender “interesse próprio”.

“Com todo respeito ao Fux, de vez em quando nós trocamos algumas palavras aqui, ele é chefe de Poder. Mas, no mínimo, para ser educado, [foi] equivocado. Ou fake news. Que deveria estar o Fux respondendo processo no inquérito do Alexandre de Moraes, se fosse um inquérito sério. E não essa mentira, essa enganação, que são esses inquéritos do Alexandre de Moraes”, disse o presidente.