Marcos do Val (Podemos-ES) diz que a comissão deve investigar também as circunstâncias da exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado do TSE.
Marcos do Val (Podemos-ES) diz que a comissão deve investigar também as circunstâncias da exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado do TSE.| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado.

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou na quarta-feira (26) um requerimento para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as denúncias sobre irregularidades nas inserções em rádios do material de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para que a formação da CPI avance, o pedido precisa de um número mínimo de 27 assinaturas e ser lido no Plenário. A comissão teria 11 membros titulares, sete suplentes e um prazo de trabalho de 130 dias. "Comecei colher as assinaturas e espero apoio dos meus pares", publicou o senador em suas redes sociais. Deputados da base aliada também já trabalham para a abertura de uma comissão na Câmara.

Segundo o parlamentar, a comissão deve investigar também as circunstâncias da exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado da função de coordenador de pool de emissoras no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele alega que foi demitido após denunciar as irregularidades.

Como justificativa, o parlamentar cita o depoimento de Machado na Polícia Federal. “Há indício de que o TSE, desde 2018, sabia da irregularidade e nada fez para enfrentar os fatos que têm potencial para desequilibrar a disputa eleitoral”, diz o documento.

“Sobre esses argumentos, estamos requerendo a constituição de Comissão Parlamentar de Inquérito do senado Federal para proceder a imediata investigação e balizamento dos fatos relacionados à exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado da função de Coordenador de Pool de Emissoras no Tribunal Superior Eleitoral, bem como às inserções insuficientes e desproporcionais de propagandas eleitorais gratuitas na programação de emissoras de rádio durante a campanha eleitoral de 2022.”