O TSE fechou um acordo com as redes sociais para combater desinformação durante nas eleições.
O TSE fechou um acordo com as redes sociais para combater desinformação durante nas eleições.| Foto: Bigstock

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formalizou nesta terça-feira (15) a parceria com oito redes sociais com o objetivo de combater a desinformação sobre o processo eleitoral deste ano. A iniciativa, que já vinha sendo anunciada e ocorreu em anos anteriores, foi firmada em cerimônia virtual. Assinaram o acordo: Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai.

Neste ano, a novidade foi a inclusão da Kwai, plataforma de compartilhamento de vídeos curtos, que terá um canal direto com o TSE para denunciar conteúdos que violem a legislação eleitoral. Foram assinados memorandos de entendimento que listam ações, medidas e projetos a serem desenvolvidos em conjunto pelo TSE e as plataformas, de acordo com as especificidades da cada uma. Tais ações serão colocadas em prática mesmo após o período eleitoral, até 31 de dezembro. Uma das principais linhas de atuação é a remoção de conteúdos considerados danoso ao processo eleitoral.

Nessa linha, plataformas como TikTok, Facebook e Instagram anunciaram que seguirão com a exclusão de publicações nocivas. O Twitter, por sua vez, demonstrou postura mais cautelosa. "Não dependemos apenas de decisões binárias de remoção e ou exclusão de conteúdo, pois sabemos que oferecer a pessoas o contexto adequado é também uma ferramenta eficaz e importante para combater a desinformação", disse Daniele Kleiner Fontes, chefe de políticas públicas do Twitter.

Já o WhatsApp disse que continuará a suspender contas que apresentem "atividade inautêntica". Segundo o representante da plataforma, Dario Durigan, em todo o mundo são suspensas mais de 8 milhões de contas por mês do aplicativo. Sem citar concorrentes, Durigan afirmou que o aplicativo é "dos únicos serviços de mensagens instantâneas que respeitam a lei brasileira".

Desde o início do ano, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, tem criticado o Telegram, um dos principais concorrentes do WhatsApp, por não possuir representação no Brasil nem se submeter às leis brasileiras. O diretor de relações governamentais do Google no Brasil, Marcelo Lacerda, anunciou ainda que a empresa divulgará um relatório de transparência de anúncios políticos. Outras iniciativas das plataformas são focadas na disseminação de informações oficiais sobre o pleito, que devem receber maior destaque das ferramentas. Com informações da Agência Brasil.