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Presidente do TSE Edson Fachin
Ministro Edson Fachin| Foto: Divulgação/STF

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, negou o pedido de um integrante do MDB para suspender a convenção nacional do partido. O evento está marcado para quarta-feira (27) e deve oficializar a senadora Simone Tebet como candidata da legenda à Presidência da República.

Na prática, Hugo Wanderley Caju, filiado ao partido e delegado do MDB de Alagoas, entrou com ação para anular o ato convocatório da Convenção Partidária Nacional publicado em 19 de julho. Segundo ele, haveria suposta irregularidade no edital, que prevê que a votação será realizada por meio da plataforma digital Zoom. Para Caju, a votação online não garantiria o sigilo do voto na convenção.

Mas, ao analisar o caso, Fachin afirmou que o edital traz a previsão de garantia do sigilo do voto e que não existem provas de que essa questão supostamente não seria cumprida. Segundo o ministro, caso seja constatado que efetivamente houve violação quanto à confidencialidade da escolha dos integrantes do MDB na convenção nacional, a questão poderá ser examinada novamente.

O ministro sorteado para analisar o caso no TSE foi Mauro Campbell Marques. Mas, em decorrência do recesso do Judiciário, a decisão coube a Fachin, presidente da Corte.

Dissidências no MDB

Reportagem da Gazeta do Povo já havia mostrado que a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) ao Planalto enfrenta dissidências dentro do MDB. Uma ala da legenda, que defende Lula, se mobilizou para tentar adiar a convenção que deve oficializar a candidatura. Na semana passada, Lula recebeu o apoio de 11 diretórios do MDB.

Mas o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), reforçou que pretende realizar convenção nacional na quarta-feira (27). Mesmo assim, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) adiantou, na última sexta-feira (22), que uma ala do partido questionaria a realização da convenção. O grupo pró-Lula também promete ir à Justiça para reverter a oficialização da candidatura.

Simone Tebet criticou o movimento dentro do partido contra a sua candidatura. “Esses caciques são sempre os mesmos que tiveram no passado com Lula. Vejam a fotografia. Ela tem cheiro de naftalina”, disse a pré-candidata na última sexta-feira.

Procurada, a assessoria do MDB informou que não vai se manifestar sobre a questão.

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