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Ursula von der Leyen no Palácio do Planalto, em junho de 2023: presidente da Comissão Europeia anunciou nesta semana apoio a usina de hidrogênio verde no Piauí.
Ursula von der Leyen no Palácio do Planalto, em junho de 2023: presidente da Comissão Europeia anunciou nesta semana apoio a usina de hidrogênio verde no Piauí.| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A União Europeia vai dar apoio financeiro à construção de uma das maiores plantas de hidrogênio verde do mundo em Parnaíba, no Piauí. O anúncio foi feito no início da semana pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Segundo ela, o apoio à usina faz parte de um investimento total de 2 bilhões de euros (cerca de R$ 10,7 bilhões) na cadeia econômica do hidrogênio verde no Brasil, dentro de um plano chamado Global Gateway, que tem o objetivo de garantir suprimento de energia para o bloco europeu.

"Este novo parque de energia verde terá uma instalação de produção de 10 gigawatts de hidrogênio limpo e amônia", disse Von der Leyen em discurso por videoconferência na Semana Europeia do Hidrogênio.

O hidrogênio verde, chamado assim por ser obtido com uso de energias "limpas", é uma das principais apostas para a transição energética.

A usina no Piauí será erguida pela empresa croata Green Energy Park. A previsão é de que as obras comecem no fim de 2024, com primeiras entregas em 2027.

O objetivo é abastecer a Europa, a exemplo de investimentos similares anunciados anteriormente em países como Egito, Quênia e Namíbia. O projeto no Piauí foi o primeiro da iniciativa europeia para o Brasil.

Segundo a presidente da Comissão Europeia, o hidrogênio produzido no Piauí será exportado em forma de amônia para a ilha de Krk, na Croácia, de onde seguirá para compradores industriais no sudeste da Europa.

De acordo com o governo piauiense, a Green Energy Park Piauí aproveitará a estrutura do Porto de Luís Correia – que ainda está em construção – para exportar o hidrogênio, na forma de amônia, via Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Piauí.

Em seu discurso, Ursula ressaltou que os primeiros ônibus movidos a hidrogênio verde já circulam em cidades europeias, de Riga a Barcelona, assim como o primeiro avião cruzou os céus da Eslovênia.

“Acabaram de começar as obras de construção do Porto de Roterdã, para construir uma rede de hidrogênio que se estenderá por mais de mil quilômetros”, afirmou ela sobre os avanços da produção da fonte energética renovável.

Além do negócio firmado com o governo brasileiro de hidrogênio verde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou por cerca de meia hora com Ursula, sobre o andamento da negociação do acordo entre Mercosul e União Europeia.

O Brasil ocupa a presidência do Mercosul até o dia 7 de dezembro, e tem discutido com a UE os pontos finais do acordo entre os dois blocos.

Nordeste no radar de investidores estrangeiros

A parte da costa nordestina que vai do Maranhão ao Rio Grande do Norte está no radar de outro investidor.

No Ceará, Andrew Forrest, presidente da multinacional australiana Fortescue, promete aplicar US$ 5 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões) em um projeto voltado para hidrogênio verde no Porto do Pecém. Forrest investe em mais quatro plantas de hidrogênio em outros países.

"Ele está entusiasmado com o potencial do Brasil em energia renovável", afirmou o presidente Lula em postagem nas redes sociais após recebê-lo em Brasília.

"Nós temos no Ceará quatro pré-contratos assinados, um deles é com essa empresa. Nós entendemos que na medida que uma grande empresa começa uma produção de grande escala, as outras deverão também seguir o mesmo caminho”, disse o governador do Ceará, Elmano Freitas.

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