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Apesar de ocupação com presença constante de policiais desde 1º de março, UPS do Uberaba registrou segundo homicídio nesta segunda-feira (16) | Aniele Nascimento / Arquivo / Agência de Noticias Gazeta do Povo
Apesar de ocupação com presença constante de policiais desde 1º de março, UPS do Uberaba registrou segundo homicídio nesta segunda-feira (16)| Foto: Aniele Nascimento / Arquivo / Agência de Noticias Gazeta do Povo

O rapaz assassinado com sete tiros na manhã desta segunda-feira (16) na Vila União, no bairro Uberaba em Curitiba, havia sofrido um atentado a tiros em 2011. Wilson Vanderlei Pinheiro, de 20 anos, foi vítima de 14 disparos de arma de fogo em um posto de combustível em São José dos Pinhais, cidade da região metropolitana, no dia 27 de novembro do ano passado.

Ele sobreviveu após ficar 13 dias em coma e permanecer no hospital internado por mais de um mês. A morte de Pinheiro foi o segundo homicídio na comunidade desde a instalação da Unidade Paraná Seguro (UPS) em 1º de março.

O jovem foi encontrado dentro de um veículo Uno na Rua Pedro Trevisan por volta das 11 horas desta segunda. Os tiros atingiram Pinheiro na cabeça, nas costas e nas mãos. Ele morava em São José dos Pinhais e foi visitar a namorada, quando teria sido abordado e atingido pelos disparos em frente a residência dela.

Uma das linhas de investigação da Delegacia de Homicídios (DH) aponta relação entre o atentado de novembro contra o rapaz e a morte dele. A hipótese sobre a motivação dos crimes é uma suposta briga do rapaz em agosto do ano passado com um grupo de jovens que teriam ligação como o tráfico de drogas.

"Foram ouvidas algumas pessoas que apontaram suspeitos. Estamos em busca dos dados sobre os dois casos", relatou o delegado titular da DH, Rubens Recalcatti. A namorada de Pinheiro, que não teve o nome divulgado, também está entre as suspeitas de ter participação no assassinato. "Ela estava com ele nas duas situações e não foi atingida nenhuma vez", afirmou o delegado.

Uma pessoa ligada a vítima, que não quer ser identificada, esteve na DH na tarde desta segunda e afirmou que Pinheiro identificou dois homens que teriam atirado nele em novembro do ano passado. "Ele disse que eram os caras." Para essa testemunha da investigação, a namorada pode ter envolvimento.

Segundo a testemunha, no dia do atentado a mulher teria pedido ao rapaz durante a madrugada para comer uma sopa pronta que eles só encontrariam no posto de combustíveis, que tem uma loja de conveniência 24 horas. Nesta segunda, a namorada teria ligado para Pinheiro dez minutos antes dos tiros, pedindo para o rapaz ir vê-la.

UPS

O assassinato de Pinheiro foi o segundo homicídio na área atendida pela UPS do Uberaba. A primeira ocorrência do gênero ocorreu dez dias depois da instalação do primeiro projeto de policiamento comunitário no Paraná inspirado no modelo da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro.

Na tarde do dia 10 de março, Sérgio Pereira, de 38 anos, foi executado com três tiros, na Vila Icaraí. O crime ocorreu quando o homem chegava em casa, na Quadra 6 da Rua 8. Ele foi atingido por três disparos – dois na cabeça e um nas costas – e morreu antes que fosse socorrido.

Nesta segunda, não foi possível conversar com o delegado adjunto da DH, Cristiano Quintas dos Santos, responsável pela investigação do caso. A Gazeta do Povo apurou que não houve avanços significativos para determinar a autoria e a motivação da morte de Pereira.

Três dias após o assassinato, o delegado admitiu uma grande dificuldade de conseguir informações na região devido ao medo da população local em denunciar e sofrer possíveis represálias dos criminosos. "Eles tem medo de depor e essa é a nossa maior dificuldade. Demora cinco anos para ganhar confiança e em cinco segundos pode perder", comentou na época Quintas dos Santos sobre o trabalho de aproximação que as polícias Militar e Civil deveriam fazer nas comunidades.

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