O conceito de “dinheiro de plástico” surgiu há mais de 60 anos, com os cartões de crédito. Mas para muitos, comprar sem dinheiro vivo resultou em perda do controle das finanças pessoais: em outubro, 85,7% dos paranaenses estavam endividados, diz o diretor de planejamento e gestão da Fecomércio-PR, Rodrigo Rosalem.
Conheça as facilidades do serviço
Aprenta a ativar seu cartão pré-pago Metrocard
Linha do tempo: conheça a história do dinheiro de plástico
Uma das novidades para transações financeiras sem dinheiro é o cartão pré-pago, que permite fazer todos os tipos de compra, saques, receber depósitos sem a necessidade de um vínculo bancário, sem fatura ou cobrança de juros. O serviço é oferecido gratuitamente no cartão Metrocard aos usuários da Rede Metropolitana de Transporte.
Ao ver a bandeira MasterCard no seu cartão Metrocard, o balconista Deibi Moreno, 34 anos, percebeu que poderia usá-lo não só para pagar a passagem de ônibus e imediatamente habilitou o serviço: “Gostei da ideia de um cartão que insiro valores para usar no comércio. Compro via aplicativos no celular e internet usando meu cartão pré-pago sem me preocupar com risco de fraudes”, diz.
O presidente da Associação Metrocard, entidade que gerencia a bilhetagem do transporte na Rede Metropolitana, Lessandro Zem, destaca que a segurança foi um dos fatores que levaram a entidade a firmar a parceria com a MasterCard. “O usuário tem dois serviços em um só cartão: paga o transporte e faz compras na farmácia, banco, panificadora. E tem mais segurança no ônibus: de nada adiantaria o passageiro ter seu cartão de vale-transporte se carrega dinheiro consigo”, destaca.
O cartão pré-pago surge também como forma de fazer a inclusão financeira, diz o economista Daniel Poit. “É atrativo para quem não tem acesso ao cartão de crédito ou débito, por falta de renda ou outros motivos. Donos de empresas podem usar o pré-pago para oferecer um bônus ou gratificação aos funcionários”, sugere.
As facilidades tendem a aumentar, aponta o diretor executivo da AcessoCard, empresa que fabrica e gerencia o serviço, Sérgio Kulikovsky. “Estamos colocando a recarga em bancas de jornais, nos associando com casas lotéricas”, conta.
