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Um investimento de R$ 138,3 milhões só na Arena, que cresce para R$ 376,4 milhões, se levadas em consideração as melhorias no entorno do estádio. Esta é a conta apresentada à Fifa pela candidatura de Curitiba para colocar a Baixada em condições de receber jogos da Copa do Mundo de 2014. O valor consta no projeto apresentado pelo comitê local, cujo conteúdo vazou ontem, na internet. Tanto nos planos do Atlético, quanto da prefeitura, não está a utilização de dinheiro público para a execução do projeto. A ideia é que a arrecadação ocorra com a iniciativa privada, através da venda de cotas de publicidade.

"Não posso falar pelo estádio, que é de responsabilidade do Atlético, mas o que é de responsabilidade do poder público a intenção é custear através da iniciativa privada", afirma o assessor de relações institucionais do município, Luiz de Carvalho, que ainda acha cedo dizer de quem será a responsabilidade das desapropriações de imóveis que estão, especialmente na Rua Buenos Aires. "O que precisar ser desapropriado, será", diz.

A reportagem conversou com o presidente rubro-negro Marcos Malucelli sobre o tema. No entanto, o dirigente indicou para entrevistas o vice Ênio Fornéa – representante do clube co comitê da Copa –, que não atendeu às ligações.

A indicação das 12 cidades brasileiras que receberão a competição ocorrerá no dia 31 de maio, em Nassau, capital de Bahamas. Em janeiro, uma comissão da Fifa vistoriou todas as 17 candidatas e recebeu do comitê curitibano um vasto relatório (de 52 páginas) com os detalhes do projeto adaptado às exigências da entidade.

O programa entregue pela candidatura vazou na internet, ontem, em sites de torcedores atleticanos (leia abaixo os custos). As imagens são uma adaptação do plano inicialmente realizado pelo escritório de arquitetura Vigliecca, em 2006.No entanto, há alterações importantes para a adequação da praça esportiva às exigências do caderno de encargos da Fifa. As esquinas das arquibancadas, as torres da praça esportiva e os acessos ao campo e vestiários terão de ser alterados. O números de vagas para estacionamentos e de jornalistas também foram revistos.

"São modificações sem maiores problemas estruturais. As mudanças são funcionais e foi feito tudo de acordo com as exigências. É claro que depois de confirmados como sede poderemos ter de fazer mais alterações", revela Carlos Arcos, arquiteto responsável pela obra, que elevará a capacidade da Baixada para 41.293 pessoas.

Existem, também, mudanças na praça Afonso Botelho. Além de ser uma área de circulação para o público, o espaço será destinado a um complexo provisório chamado "afiliados comerciais". Trata-se de uma imensa tenda que receberá convidados vip e estandes de patrocinadores do evento.

Ao lado da Arena, no local onde antigamente ficava o prédio do Colégio Expoente, estará mais uma construção temporária, que abrigará a "área de hospitalidade", mais um grande quiosque -- com fins comercias e de atendimento à imprensa -- a ser erguido sobre dois andares de estacionamento.

Para realizar todo o projeto, o Atlético necessariamente terá de ficar um período sem jogar na Arena da Baixada (conforme Malucelli já havia confirmado em fevereiro). Porém, o clube espera a indicação definitiva de Curitiba para pensar no assunto. Por ora, só está definido que a primeira parte da construção (primeiro anel da Brasílio Itiberê) será entregue em 30 de junho.

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