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Neymar (11) foi um dos destaques da seleção brasileira do técnico Mano Menezes contra os EUA | Stan Honda/AFP
Neymar (11) foi um dos destaques da seleção brasileira do técnico Mano Menezes contra os EUA| Foto: Stan Honda/AFP

O jogo

O Brasil dominou completamente a partida que marcou a estreia do técnico Mano Menezes e de sete jogadores. Adotando o esquema 4-3-3, a seleção mostrou-se ofensiva desde o início, contando com a velocidade nos passes, a aproximação dos volantes e o avanço dos laterais. Faltou apenas mais precisão no último passe e na finalização para golear. Convincente.

Avaliação

Tiago Recchia

"Mano Menezes pediu que o Brasil jogasse "sem a bola". Mas justamente com o domínio da bola que o novíssimo time brasileiro superou os EUA por 2 a 0. Ganso mostrou – e provou – que é um cérebro para qualquer time, seja no Santos ou na seleção brasileira."

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Carneiro Neto

"A seleção brasileira apresentou um futebol leve, solto e bonito. Foi uma estreia magnífica de um time ‘maneiro’."

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Dionísio filho

"A primeira impressão é a que fica. E o Mano Menezes largou no caminho certo. Foi um bom começo, com grandes jogadas individuais. Isso dá uma bela dose de tranquilidade. Robinho foi o destaque."

O técnico Mano Menezes estreou na seleção brasileira deixando boa impressão. Com uma equipe bastante renovada em relação ao time que disputou a última Copa do Mundo e adotando um espírito ofensivo, o Brasil venceu os Estados Unidos por 2 a 0, ontem, no Estádio New Meadowlands, em Nova Jersey. Os gols da vitória foram marcados por Neymar, de cabeça, e Alexandre Pato, driblando o goleiro Howard antes de empurrar a bola para a meta norte-americana. Ambos no primeiro tempo.Na primeira partida da seleção brasileira desde a eliminação para a Holanda nas quartas de final do Mundial – derrota por 2 a 1 –, o que se viu foi uma equipe mais leve, solta, ainda buscando um melhor entrosamento.

Mesmo se reunindo apenas para o confronto desta terça-feira, tendo estreado seis atletas durante o duelo, o time teve bom rendimento. Procurou tocar a bola, agredindo o adversário principalmente pelos lados do campo, com a aproximação dos volantes e dos laterais. A equipe che­gou a ter sete jogadores no ataque.

"O mais importante é começar com vitória, conquistar a confiança do torcedor", afirmou o lateral-esquerdo André Santos. "Tem de se sentir leve em campo. O jogador brasileiro tem habilidade, ginga. A garotada entendeu o que o Mano queria. O time jogou solto, mas com responsabilidade".

Mano Menezes escalou uma equipe jovem. Dos 11 titulares que começaram o confronto, apenas quatro estiveram no último Mundial: o zagueiro Thiago Silva, o lateral-direito Daniel Alves, o volante Ramires e o atacante Ro­­binho, único titular remanescente do time dirigido pelo técnico Dunga. O novo grupo respondeu, deixando os EUA, que usou a mesma base que rendeu uma classificação às oitavas na África do Sul, apenas como espectadores dentro de campo. E só não goleou porque desperdiçou muitas chances – com direito a duas bolas na trave.

"Essa é a base desse início de trabalho. Demos um primeiro passo e o importante é que minimizamos o desentrosamento", atestou o técnico, contente com o desempenho da equipe, que se recuperou a vocação ofensiva, mostrou alguma dificuldade na defesa nos poucos momentos em que os donos da casa conseguiram ficar com a bola nos pés. "O que me agradou foi a personalidade dos meninos que estão chegando. Personalidade é algo que não se ensina. Ou o cara tem, ou não tem", declarou Mano Menezes, elogiando os menos experientes, como o zagueiro David Luiz e o atacante Neymar, principal destaque dos Meninos da Vila na partida. Ganso sentiu um pouco mais a estreia com a camisa amarela, mas não comprometeu. "O Mano nos deu liberdade para jogar de forma alegre como fazemos no Santos", explicou o atacante Neymar, que revelou ter se surpreendido por fazer um gol de cabeça.

Quem certamente lamentou o confronto de ontem foi Éderson, do Lyon. Ele entrou no lugar de Neymar e no primeiro lance se contundiu. Saiu de campo logo em seguida, balançando a cabeça negativamente. Inconformado.

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