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De um lado, a boa fase de quem conquistou os últimos 15 pontos que disputou e bateu o recorde de vitórias seguidas em Brasileiros. Do outro, o ambiente conturbado de quem vê o principal jogador e único ídolo em litígio com a diretoria e trocando farpas via imprensa com o técnico. Só poderia dar a lógica no duelo dos opostos de ontem, no Pinheirão. O Paraná confirmou o favoritismo e derrotou o Atlético, por 2 a 1.

A história do primeiro dos quatro embates que colocarão frente a frente tricolores e rubro-negros neste ano – dois pelo Nacional e dois pela Sul-Americana – apenas reforçou o contraste dos dois clubes da Rua Engenheiros Rebouças. Se a distância física que separa a Vila Capanema da Arena é de apenas três quilômetros, dentro de campo o Tricolor deixou o rival comendo poeira.

Mais entrosado e confiante, o Paraná cansou de trocar passes escondendo a bola do adversário, que sem alternativa, corria de um lado para o outro como se estivesse numa roda de bobo. Foi assim que o Tricolor abriu o placar. De Batista para Cristiano, para Leonardo, que com um tapa de primeira deixou Batista na cara do goleiro Cléber: 1 a 0, aos 26 minutos do primeiro tempo.

O Furacão, porém, não se entregou. Apesar da desvantagem técnica, os rubro-negros correram muito e até chegaram a assustar a meta de Flávio, deixando a nítida impressão de que se a aplicação tivesse sido a mesma na partida com o Fortaleza, o jogo não teria terminado 0 a 0. Apenas como detalhe, o Tricolor cearense foi goleado ontem em casa pelo lanterna Santa Cruz por 4 a 1.

A balança volta a pender a favor dos paranistas quando se analisa os dois homens-gol dos rivais. Leonardo, o 9 tricolor, gastou a bola, se revezando entre a armação e finalização das jogadas. O artilheiro foi recompensado quando pôde concluir de cabeça o passe do lateral Edinho, garantindo o quinto triunfo consecutivo da equipe de Caio Júnior. Um pouco antes, o Atlético havia empatado com o lateral-direito Jancarlos, num gol que lembrou o de Nelinho pela seleção brasileira na Copa de 78. Do lado da Baixada, o garoto Pedro Oldoni passou em branco mais uma vez, reforçando o coro dos que não entendem a ausência de Dagoberto.

A classificação também opõe os rivais. Enquanto o Paraná é o 5.º com 21 pontos e já começa a rondar o grupo da Libertadores, o Atlético é o 13.º com 14, vendo zona de rebaixamento no retrovisor.

Em Curitiba

Paraná 2Flávio; Gustavo, Neguete e Edmilson; Goiano, Beto, Batista, Maicossuel e Edinho (Serginho); Cristiano (Gerson) e Leonardo. Técnico: Caio Júnior.

Atlético 1Cléber; Jancarlos, Danilo, João Leonardo e Moreno (Válber); Alan Bahia, Erandir, Evandro (Ivan) e Ferreira; Neto Baiano (Dênis Marques) e Pedro Oldoni. Técnico: Givanildo Oliveira.

Estádio: Pinheirão.Árbitro: Leonardo Gaciba (RS)Gols – Batista (P), aos 27 do 1.º tempo; Jancarlos (A), aos 2, e Leonardo (P), aos 28 do 2.º tempo.Amarelos: Jancarlos e Alan Bahia (A) e Batista (P).Renda: R$ 104.500,00.Público: 7.843 pagantes.

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