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O Engenheiro Beltrão terá um prejuízo estimado de R$ 20 mil com a transferência do jogo desta quinta-feira, com o Paraná, para Paranavaí. O estádio do clube, o João Cavalcante de Menezes, não foi liberado pela comissão de vistorias da Federação Paranaense de Futebol (FPF) e provavelmente estará interditado também para a partida do próximo domingo, contra o Coritiba.

"Perdemos toda a arrecadação. Aqui ia ter renda, o povo estava animado para o jogo. Lá em Paranavaí ninguém vai. Tivemos de recolher o kit de ingressos para o campeonato. O que tínhamos de melhor a oferecer nos foi tirado", reclamou o presidente do clube, Luiz Linhares.

Nesta quarta-feira, o dirigente foi ao Ministério Público em Engenheiro Beltrão prestar esclarecimentos sobre o veto ao uso do estádio. Levou consigo um ofício informando que a prefeitura e a Federação haviam feito um acordo, em meados do ano passado, para que o poder público deixasse o estádio em condições para o Estadual. Esse documento, diz Linhares, foi uma resposta à intenção do dirigente de levar os jogos do time para Maringá.

"A prefeitura de Maringá havia se comprometido com as reformas porque íamos jogar lá. Como não íamos mais, não valia a pena fazer as reformas. Agora não vamos jogar nem em Engenheiro Beltrão nem em Maringá, vamos jogar em Paranavaí! Veja o prejuízo moral e financeiro", protesta, dizendo estranhar as atitudes da Federação. "Não vou falar em perseguição, mas a Federação precisa tomar uma postura diferente. Começo a achar que as coisas não estão sendo transparentes. Aqui em Engenheiro Beltrão, fazem um pente-fino no estádio", prosseguiu.

Campo maior e quatro desfalquesA perda financeira e a distância da torcida não serão os únicos prejuízos do Engenheiro Beltrão na partida contra o Tricolor. O time entrará em campo com quatro desfalques e sem uma arma poderosa de quanto atua no João Cavalcante de Menezes: a metragem reduzida do gramado.

O estádio do Aereb mede 98 m x 72 m, enquanto o Waldemiro Wagner tem dimensões de 105 m x 73 m. O campo de Paranavaí é 8,6%, ou o equivalente a 609 metros quadrados.

"O jeito é diminuir os espaços, fazer o campo ficar menor", conforma-se o técnico Rodrigo "Casca" Muller. "Vamos jogar em um campo que não é o que a gente treina, então o mando de campo vai por água abaixo. Tudo que havíamos preparado se perde em um campo maior", prosseguiu.

O histórico do Aereb contra os times da capital mostra o peso do mando de campo para o time do interior. O Engenheiro não foi derrotado em nenhum dos oito jogos como mandante contra Coritiba, Atlético-PR ou Paraná: são cinco vitórias e três empates.

A escalação do time também tornou-se um problema para Müller. Além do zagueiro Thomas e do ala Thiago Silva, expulsos contra o Iraty, ele ganhou ainda os desfalques de Jefferson e Márcio Alcides. O primeiro, meia, sofreu uma contratura muscular; o segundo, atacante, perdeu um dente em uma dividida no treino de terça-feira e não conseguirá fazer o implante a tempo de jogar. Entram, pela ordem, Luiz Alberto, Douglas, Rullyvan e Jefferson Claro. Mudanças demais para quem está pressionado a obter um bom resultado.

"Se não ganhar, o treinador cai e eu vou embora de Engenheiro Beltrão", resumiu Müller.

Veja o retrospecto ano a ano do Aereb em casa contra o trio de ferro:20050 x 0 Paraná1 x 1 Coritiba

20071 x 1 Coritiba3 x 0 Paraná

20083 x 1 Paraná1 x 0 Atlético2 x 0 Paraná

20093 x 0 Coritiba

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