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Kaiserslautern – Itália e Estados Unidos jogam hoje em clima quente dentro e fora de campo, às 16 horas (de Brasília), pelo grupo E. Fora de campo porque o risco de atentados terroristas aumenta na partida, já que ambos os países mantém tropas no Iraque. Dentro, porque o atacante Eddie Johnson deu declarações que estimularam ainda mais o clima bélico (literalmente).

Os italianos não gostaram nada da declaração de Johnson de que a seleção norte-americana estaria pronta para "uma guerra" após passar a semana na base militar em Ramstein, a 15 quilômetros de Kaiserslautern. Essa é a maior base da Força Aérea Americana fora dos Estados Unidos. Vivem lá 50 mil norte-americanos.

"A analogia que ele fez foi distorcida, isso é um jogo e nós respeitamos nossos aliados italianos", disse o técnico Bruce Arena. O clima entre os dois países se estremeceu depois que o novo primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, anunciou que vai retirar as tropas do Iraque.

Para o volante Reyna, capitão da equipe, a estadia na base, ponto de passagem de tropas que vêm e vão para o Iraque e Afeganistão, serviu para colocar as coisas "numa perspectiva maior". "Depois do que soubemos de pessoas que voltaram da guerra, percebemos que o futebol é apenas um jogo", afirmou.

Mas se depender da segurança destacada para proteger a seleção norte-americana, o termo "guerra" não é nenhum absurdo. A delegação se hospedou na base militar após agentes especiais do país inspecionaram o hotel que a Fifa havia reservado e considerarem insuficientes as condições de segurança.

Em campo, a equipe, que precisa da vitória, tem de quebrar o tabu de nunca ter vencido a Itália em cinco confrontos – em Copas, perdeu por 7 a 1 em 1934 e por 1 a 0 em 1990, ambas na primeira fase. Arena promete uma equipe melhor que a da derrota para a Repúlica Tcheca na estréia (3 a 0).

Na Itália, a grande atração é a volta de Zambrotta, que deve ser escalado na lateral-direita, no lugar de Zaccardo, depois de se recuperar de uma contusão no tornozelo. Gattuso, que voltou a treinar com a equipe, fica fora e volta contra a República Tcheca, se estiver 100%.

O goleiro Buffon disse que o escândalo de manipulação de resultados que atingiu o país nos últimos meses serviu para unir a equipe. "Nunca nos sentimos assim antes", garantiu. O meia Pirlo afirma que o time não pode subestimar a seleção dos Estados Unidos. "Por causa da derrota, eles virão decididos a vencer", alertou.

Em Kaiserslautern

ITÁLIABuffon; Zambrotta, Nesta, Cannavaro e Grosso; De Rossi, Pirlo, Perrotta e Totti; Luca Toni e Gilardino.Técnico: Marcello Lippi

ESTADOS UNIDOSKeller; Lewis, Onyewu, Pope e Cherundolo; Convey, Reyna e Beasley; Johnson, Donovan e McBride. Técnico: Bruce Arena

Estádio: Fritz-Walter.Horário: 16h (de Brasília).Árbitro: Jorge Larrionda (URU)

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