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Fred se ajoelha após o jogo com a Itália. Fim do jejum antes da semifinal do Mineirão, quarta-fei­­ra, muito pos­­sivelmente com o Uruguai | Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo
Fred se ajoelha após o jogo com a Itália. Fim do jejum antes da semifinal do Mineirão, quarta-fei­­ra, muito pos­­sivelmente com o Uruguai| Foto: Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo

Ele estava louco para marcar. E marcou. Incomodado pela falta de gols na Copa das Confederações, Fred fez logo dois e ajudou no grande objetivo do duelo de ontem entre os supercampeões mundiais Brasil e Itália: escapar de um encontro precoce com o grande time do momento, a Espanha.

Com a vitória por 4 a 2, na Fonte Nova, em Salvador, a seleção brasileira garantiu o primeiro lugar do Grupo A e espera a confirmação do Grupo B, liderado pela Fúria (6 pts e 11 de saldo) e que hoje enfrenta a Nigéria (3 pts e 4 de saldo), em Fortaleza. Já o Uruguai (3 ptos e sem saldo) encara o queridinho da torcida brasileira, o Taiti, no Recife.

A semifinal de quarta-fei­­ra, em Belo Horizonte, não poderia vir em melhor hora para Fred, agora aliviado pelo fim do jejum. Mineiro lançado pelo América e com destaque no Cruzeiro, o jogador comemora a volta à sua terra. "Jogo no Mineirão é mais especial para mim. Mais perto da minha família, dos meus amigos, da minha filha e do meu povo", co­­memorou o artilheiro da partida na Bahia.

Duelo com cinco minutos arrasadores do Brasil, outros 15 de domínio verde e amarelo e que depois se transformou em um jogo pegado, com recorde de faltas cometidas pelo Brasil: 27 contra 18 da Itália.

Os europeus admitiram que começaram o jogo acua­­dos. "Nós fomos temerosos. E não se pode mostrar medo diante do Brasil", reconheceu o técnico Cesare Prandelli.

Apesar da superioridade, o gol (impedido) só saiu nos acréscimos, com Dante, que entrara pouco antes (34/1.º) na vaga de David Luiz, machu­­cado. Mas, logo aos 6/2.º veio o empate da Azzurra, com Giaccherini. O segundo gol brasileiro saiu após uma de tantas faltas, na cobrança de Neymar, aos 10/2º.

Mesmo com a vantagem, a Itália começou a se organizar no segundo tempo e foi quando Fred ajudou na defi­­nição da partida.

Alvo de contestações, ele entrou em campo ontem com uma garantia do técnico Luiz Felipe Scolari. "Disse que ele jogaria até o fim. Não iria sair nem se tivesse tropeçando na bola. Só mesmo se perdesse uma perna", contou o treinador.

O atacante precisava honrar a oportunidade. Afinal, nas duas vezes em que saiu mais cedo, viu o seu substituto Jô entrar e marcar.

O seu primeiro gol na disputa saiu aos 21/2.º e ele fez questão de dividir o mérito com o lateral Marcelo. "Ele me deixou na cara do gol e dai só tive de segurar o zagueiro e ter tranquilidade para fazer o gol", comentou. A Itália marcou mais um com Chiellini (26/2.º) e pressionava quando Fred fez o segundo já aos 44/2.º, garantindo o 4 a 2.

"O Fred jogou seis, sete jogos e fez seis, sete gols. Não sei, o que vocês querem mais do que isso? Alguns que não simpatizam podem achar que não é o jogador ideal para eles, mas para mim é. Tem me dado tudo que peço para um jogador que atua naquela posição", disse Felipão, que havia bancado a titularidade do camisa 9 mesmo quando sofreu uma contusão antes do evento teste da Fifa.

Os gols foram o fim da au­­tocobrança do centroavante. "Sem dúvida foi a partida que eu joguei mais solto. Tenho de agradecer primeiramente a Deus e depois a meus companheiros, ao Felipão e à fisioterapia que me deixou 100%. Estava incomodado com esse jejum na Copa das Confederações, mas o grupo me passou confiança e deu tudo certo", comemorou.

Mas enquanto o artilheiro do Fluminense festejava, havia tumulto fora da Fonte Nova. Uma manifestação com cerca de 500 pessoas tentou se aproximar do estádio e ocorreu confronto com a Polícia Militar.

Após um rojão ser lança­­do contra a brigada houve um revide forte da PM, com bombas de gás lacrimogêneo. Houve muita correria e um princípio de pânico, mas rapidamente a polícia fez os manifestantes recuarem e a situação voltou ao normal.

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