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Se Mano botasse o roupeiro para jogar, ele também marcaria contra a China, amistoso da última segunda-feira. É só chutar que na casa China tem; 8 a 0; 1,99 cada. Até o monges tibetanos venceriam a seleção chinesa; e vestidos com rakusu. O sorriso forçado de Neymar depois de cada gol para protestar contra seus críticos poderia ser confundido por constrangimento pelos gols de pelada feitos.

Aquilo foi uma espécie de jogo beneficente em gramado nos fundos da igreja. Contra a Argentina, jogo marcado para a próxima quarta, no Serra Dourada, será mais parecido com futebol profissional. Mano x Hermanos. Neymar não pode esquecer de levar seu inabalável sorriso.

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Para fecundar o óvulo G4, o Atlético tinha de vencer o CRB e secar os rivais diretos, como lembrou reiteradas vezes o "fessor" Ricardo Drubscky. À tarde goleou o centenário CRB (completa 100 na próxima quinta-feira) e à noite mirou olhos gordos em Goiás x Criciúma e ASA x Joinville. Com os goianos invictos no Serra Dourada, a esperança de sucesso de um mau-olhado ficou para Arapiraca. Os dois mandantes venceram por 1 a 0. O Furacão, assim – e enfim –, ingressou no seleto grupo do acesso.

O especialista em neurolinguística e feedback Drubscky espera um duelo "de Série A" contra o verdão goiano, hoje à tarde. Um empate feio, típico de Série B, não seria desprezível.

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Ontem este cartunista – e dublê de cronista esportivo – participou, na rádio CBN, de um bate-papo descontraído com o tema "Futebol: amor ou ódio". Na mesa, além de José Wille e o guru do Cabral Luiz Geraldo Mazza, Ernani Buchmann, publicitário e ex-presidente do Paraná Clube e o humorista de stand up comedy Marco Zenni.

De amor falamos pouco. Focamos mais no ódio. Em um país notoriamente futebolístico, como conviver com um vizinho barulhento como esse se você não gosta de futebol? Imagine o pobre sujeito em um churrasco, rodeado por carnívoros discutindo a última rodada... Só lhe restará sair de fininho. Ou, como sugeriu Zenni, assar a carne e cozinhar o tempo até poder – ufa! – ir embora para assistir uma comédia romântica.

Saí do cavaco radiofônico com a impressão de que nos preocupamos mais com quem não gosta de futebol do que com os que gostam. Solidariedade à minoria excluída, talvez. Mas esta minoria tem um patrono à sua causa: Lima Barreto, que em 1919 fundou a "Liga Contra o Futebol". Porém, desconfio que Barreto criou a aliança mais para atacar seu desafeto, o também escritor Coelho Netto, defensor apaixonado do futebol, do que por ódio ao então neófito esporte.

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