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Fazia tempo que este cartunista e dublê de cronista esportivo não ia a um jogo. Não porque não quisesse. Invariavelmente preciso aprontar a charge Los 3 após alguns minutos do apito final. Então, não tem como ir. Mas, na última terça-feira, no jogo CAP x Boa, às 15h, meio da tarde, isso foi possível, já que o fechamento do jornal seria bem mais tarde. Queria ver como tinha ficado o Ecoestádio, velha nova casa do Atlético. Além disso, de minha casa dá pra ir a pé. Não tinha como não ir.

Estava tudo muito tranquilo, organizado e limpinho no Janguito. Público total de quase 4 mil pessoas – achei que tinha mais. Talvez quando lotar de verdade não seja a mesma tranquilidade. Não tive coragem de subir na arquibancada tubular, lá no alto. Vertigem. Fiquei nas cadeirinhas sobre a grama, mais confortável.

Quando se vê um jogo ao vivo, o foco é outro. "In loco" você consegue observar a movimentação dos jogadores que não estão com a bola – ou disputando ela. Vê os buracos que alguns deixam e antevê uma jogada boa ou um perigo iminente.

A proximidade da arquibancada com o campo dá a impressão que você também está jogando. Daí que o lateral Maranhão, que no primeiro tempo jogou junto às arquibancadas, não teve sossego. "Sobe, Maranhão! O que você tá fazendo aí atrás?? Sobe, seu burro!", esbravejavam. No segundo tempo, do outro lado do campo, ele jogou sossegado. O alvo então era Marcão.

Depois de muito "Bota o véio! Bota o véio!" vindo da torcida, Baier entrou. E comandou a virada em 2 a 1. Baier é um técnico-jogador dentro de campo. Não precisa correr. Só deu um único pique numa sobra de bola disputada com um zagueiro. Seu toque de bola é tranquilo e infalível como Bruce Lee. É o único que quando erra não é xingado pela galera.

Efeito Copa do Brasil

O que vem acontecendo com o vice-campeão da Copa do Brasil no Campeonato Brasileiro só não o coloca como personagem maior de escárnio nacional porque este lugar está sendo ocupado, por ora, pelo campeão da mesma Copa do Brasil, o Palmeiras.

Esta condição vexatória do Porco, parece, não vai se prolongar por muito mais tempo. Quinta-feira, lotou o Pacaembu para vencer o Sport por 3 a 1, saindo da vice-lanterna. É o último dentro da ZR, a dois pontos justamente do Coxa, o primeiro fora dela.

As apostas dão como certa a reação do time do Parque Antártica. E à medida que o Palmeiras reage, mais o Coxa se transforma em candidatíssimo à Série B de 2013, junto com o Bahia. Só uma reação além do padrão demonstrado, sobretudo fora de casa, poderá livrá-lo de uma nova queda.

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