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O atacante Nicolas Anelka chamou de "bando de palhaços" os dirigentes da Federação Francesa de Futebol (FFF) que lhe impuseram uma suspensão de 18 jogos na seleção nacional, por ter participado da "rebelião" do time na Copa da África do Sul.

O atleta, de 31 anos, disse que a punição de terça-feira (17) não lhe afeta, porque ele não pretende mesmo voltar a atuar pela seleção.

"Para mim, essa coisa da comissão é um completo absurdo, uma aberração, uma farsa, uma tentativa de não passar vexame", disse Anelka em entrevista publicada na quarta-feira pelo jornal France Soir.

"Eles sabem disso muito bem. Eles não puniram ninguém (...), porque o capítulo dos 'Bleus' foi encerrado para mim em 19 de junho, quando fui expulso de Knysna", acrescentou ele, referindo-se à cidade sul-africana onde a França treinava.

Anelka foi expulso da seleção por ter xingado o técnico Raymond Domenech durante o intervalo da derrota de 0 x 2 frente ao México. Era a 69ª partida dele pela seleção.

O jogador disse que a audiência da comissão serviu só para "entreter o público". "Eles fariam melhor se virassem a página, porque Laurent Blanc (novo treinador da França) precisa trabalhar em paz. Essas pessoas são uns palhaços. Isso me faz morrer de rir."

"Para mim, desde a Copa do Mundo da África do Sul o time da França está todo no passado (...). Visto uma camisa azul pelo Chelsea todo fim de semana, e isso já é suficiente para mim."

O atacante não participou da audiência, na qual Patrice Evra, então capitão do time, foi suspenso da seleção por cinco jogos por ter liderado um boicote a um treino, em solidariedade a Anelka. Em crise, a França acabou sendo eliminada na primeira fase da Copa.

A FFF também suspendeu Franck Ribéry por três jogos, e Jeremy Toulalan por um. Dos cinco jogadores envolvidos na audiência de terça-feira, só Eric Abidal foi poupado.

Ribéry aceitou a punição, mas disse que os jogadores foram tratados como bodes expiatórios. "É uma grande frustração para mim," disse Ribéry a jornalistas. "O que aconteceu na Copa do Mundo aconteceu para todos nós. Não sei por que só cinco jogadores tiveram de ir a Paris (para a audiência)."

Ao contrário de Anelka, Ribéry, de 27 anos, pretende voltar atuar pela seleção. "É claro, não há dúvida sobre isso."

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