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Offenbach, Alemanha – "Vocês devem estar sentindo falta do Ronaldo. Houve um pequeno impasse. Ele deve estar passando mal..." O serviço de som do Estádio Bierberer Berg, na cidade de Offenbach, explicou assim a ausência do atacante no treino de ontem à tarde (com presença de público). Uma cena tragicômica – o mais novo capítulo de problemas pré-Copa do atacante.

Com uma infecção na garganta e febre, Ronaldo não foi treinar à tarde. Teria ficado de repouso na concentração em Königstein. Deveria – caso apresentasse sinais de melhora – fazer um trabalho físico dentro do hotel. Mas não conseguiu, garantiu ontem o estafe da CBF.

"Trata-se apenas de uma infecção de vias aéreas respiratórias superiores. Está tratado e em boa recuperação. Sem problema algum. Qualquer individuo está sujeito a isso. Aconteceu com um atleta que precisa do corpo para exercer sua função, porque teve um quadro febril, mas com evolução satisfatória", diagnosticou o médico da seleção Serafim Borges.

Às vésperas da estréia na Copa do Mundo, o Fenômeno parece estar em seu inferno astral. Viveu a polêmica do excesso de peso, saiu na imprensa suíça curtindo a folga com as fãs, deixou jogo amistoso com bolhas no pé e agora está com a saúde combalida.

"O caso das bolhas está completamente superado. É página virada", seguiu o doutor. Sobre o motivo para o problema atual, a instabilidade climática na Alemanha. " As variações de temperatura colocam em exposição qualquer pessoa. Pode ser que tenha contribuído para essa infecção."

Ronaldo, pelo quarto dia consecutivo, não deu entrevistas. Ele não fala com os jornalistas desde domingo – quando deixou o campo no intervalo reclamando das chuteiras fabricadas pela Nike (sua patrocinadora vitalícia).

O silêncio do camisa 9 foi tratado como algo normal pelo técnico Carlos Alberto Parreira, que chegou a considerar "ótima"a idéia de ele vir a público para evitar especulações.

"Aqui a gente não determina quem vai falar. Nós damos toda a liberdade. Assim como não vamos impedir alguém de se manifestar. Não há restrição", explicou o comandante. "Estamos sendo claros, transparentes. Não vamos criar coisas que não existiram. Vocês (jornalistas) estão lidando com gente séria e sóbria. Foi bolha, foi febre. Nada mais do que isso."

O assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, disse que tentou ontem levá-lo à sala de conferências improvisada para as entrevistas coletivas. Mas Ronaldo "estava ainda caído", explicou. Hoje, às 7h30 (de Brasília), o atleta será novamente convidado a explicar a fase sombria.

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