Após doping, Chambers entra em time olímpico britânico

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Mesmo com uma suspensão por doping em seu currículo, o velocista Dwain Chambers foi convocado para defender a Grã-Bretanha nos Jogos Olímpicos de Londres, a partir do fim do mês. O veterano de 34 anos precisou conseguir reverter, na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), uma decisão do Comitê Olímpico Britânico que proibia a convocação de atletas que já foram punidos por doping.

A mesma autorização permitiu que Carl Myerscough, do arremesso de peso, também constasse na lista de 71 atletas convocados nesta terça-feira pelo Comitê Olímpico Britânico. Eles se juntam a seis maratonistas para formar o time da Grã-Bretanha que vai buscar oito medalhas, sendo pelo menos uma ouro, nos Jogos de Londres.

Chambers chegou a deter o recorde europeu dos 100m e foi medalhista de bronze nesta prova no Mundial de Sevilha, em 1999. Três anos depois, porém, ele testou positivo para a substância proibida THG, recebendo uma suspensão de dois anos. O britânico só voltou a competir em alto nível em 2006, sendo medalhista nos 60m nos dois últimos mundiais indoor.

Uma regra do Comitê Britânico, porém, proibia a convocação olímpica de atletas com histórico de doping. Este veto foi suspendido em abril, quando o CAS deu ganho de causa a Chambers. Há um mês, ele venceu a seletiva nacional e garantiu o direito de ser integrado ao time olímpico da Grã-Bretanha.

"É uma grande honra ser selecionado como parte da delegação britânica. Para mim representar o meu país em uma Olimpíada é um privilégio. A oportunidade de fazê-lo na minha cidade tem sido um sonho que por vezes pareceu muito distante e é agora uma realidade", comentou Chambers, nascido em Londres.

Em entrevista coletiva, o chefe da missão britânica, Andy Hunt, negou constrangimento em convocar Chambers. "Nós sempre dissemos que, uma vez que a lei caiu, qualquer atleta que estava elegível para competir pela Grã-Bretanha será bem-vindo no nosso time."

A delegação britânica do atletismo em Londres terá como estrelas a campeã olímpica dos 400 metros, Christine Ohuruogu, as campeãs mundiais dos 5.000m, Mo Farah, e dos 400m com barreiras, Dai Greene, além do vice-campeão olímpico do salto triplo Phillips Idowu.