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A estratégia criada pelo técnico Lori Sandri funcionou. Jogando atrás, com ênfase na marcação, mas atacando em bloco nos contra-ataques, o Paraná saiu do Beira-Rio com mais três pontos na bagagem. A incontestável vitória por 2 a 0 sobre o Internacional levou a equipe da Vila Capanema aos 25 pontos – a quinta melhor campanha do Brasileiro. Pela sexta vez, a melhor defesa da competição terminou uma apresentação sem sofrer gols.

O duelo no Rio Grande do Sul reproduziu nos mínimos detalhes tudo o que o treinador havia imaginado durante a semana. Lori apostava em um bom resultado se conseguisse segurar o Colorado em boa parte do primeiro tempo ou se abrisse o placar antes do rival. Os laterais Vicente e Parral reeditaram um lance bem-sucedido do treino de terça-feira para pôr em prática os planos do chefe.

O Internacional havia perdido uma chance incrível com Tinga, na pequena área, antes mesmo de um minuto. Aos 4’, Vicente arrancou pela esquerda e cruzou. Parral entrou na diagonal, dividiu a bola com a zaga e deixou o Tricolor em vantagem.O treinador paranista esperava ainda que o oponente desse espaço, por jogar em casa. Desse jeito saiu o gol. E os caminhos ficaram mais limpos depois disso. O 3–6–1 armado por ele criou uma barreira na defesa, só desfeita no momento dos rápidos contragolpes.

Na cartilha de Lori Sandri, dois aspectos renderam preocupação especial na conversa com o elenco: impedir os cruzamentos e as faltas perto da área, especialmente nas laterais. Tudo para anular o ponto forte do Internacional de lançar as bolas para a cabeçada do atacante Fernandão. Ele estava certo. Com exceção do primeiro lance do jogo, todas as investidas gaúchas foram destas maneiras.

No segundo tempo, o panorama mudou um pouco. Os donos da casa decidiram pressionar de vez, acuando o time paranaense em sua parte do campo. Os tricolores passaram a ter dificuldade para armar os contra-ataques. De perigoso, porém, apenas as faltas alçadas para a meta de Flávio.

Nos momentos finais do confronto, brilhou a estrela de Borges, o artilheiro do time no Nacional. O sétimo gol do atacante saiu pela direita. A bola chegou aos pés de Beto no lado da área. O camisa 7 deu um belo toque encobrindo o zagueiro e soltando o goleador na cara do goleiro Clêmer. Borges só desviou para o fundo do gol.

Nessa altura do confronto, a torcida colorada já mostrava sua insatisfação com veemência. Rádios, pilhas, garrafas e até uma máquina fotográfica foram atirados contra o banco de reservas do Paraná.

Em Porto Alegre

InternacionalClêmer; Índio, Edinho (Michel) e Wílson; Élder Granja, Edmílson, Tinga, Jorge Wágner e Alex (Gustavo); Rafael Sóbis e Fernandão.Técnico: Muricy Ramalho.

Paraná Flávio; Aderaldo, Fernando Lombardi (João Paulo) e Daniel Marques; Parral, Rafael Mussamba, Beto, Mário César (Chiquinho) e Vicente; Tiago Neves (Flávio Alex) e Borges.Técnico: Lori Sandri.

Estádio: Beira-Rio.Árbitro: Wagner Tardelli (RJ)Gols:Parral (P), aos 4’ do 1.º; Borges (P), aos 44’ do 2.º. Amarelos: Vicente e Flávio (P).

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