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Aplicação, muita aplicação. Talvez coubessem até outras definições: garra, dedicação, suor, concentração... pensei em amor à camisa, mas isso não deve mais existir no futebol de hoje, de relações de tempo tão curtas entre clubes e jogadores.

Mas as outras qualificações cabem todas ao que apresentaram sábado, tanto o Atlético quanto o Coritiba. Com as devidas adaptações, situações semelhantes de como resistir à pressão foram vividas pelos dois clubes, em partidas difíceis disputadas fora de casa.

Ao Atlético o empate já seria suficiente para manter o São Caetano ao alcance de suas ações, pois o concorrente direto havia empatado na véspera, diminuindo a vantagem na classificação. E o adversário, o Vitória, disputava diretamente a liderança do campeonato, possível com mais os três pontos em jogo. Mas o que se viu foi um visitante seguro, coeso, valorizando a posse de bola e arriscando ataques pontuais e certeiros. Tanto que abriu o placar no início do segundo tempo e nem mesmo quando teve Pedro Botelho expulso arrefeceu. Os baianos bem que tentaram pressionar, mas se viram vulneráveis aos contra-ataques e repensaram. E aí, em determinada altura do jogo, a impressão que se tinha era a de que o Atlético contava com um a mais em campo, tamanha a facilidade como trocava passes e criava condições de finalização. Tanto que chegou ao segundo gol e liquidou a partida, ingressando no grupo de acesso à primeira divisão sem deixar margem para qualquer contestação (e ainda, de quebra, derrubou o técnico Paulo Cesar Carpegiani).

A próxima meta já está traçada: seis pontos em casa, contra Guarani e Guaratinguetá, para chegar com vantagem no confronto direto contra o São Caetano, no palco da conquista de 2001. E o Azulão tem tabela mais complicada, por pegar justamente o Vitória, em Salvador, daqui a duas rodadas.

Em Porto Alegre, pela primeira divisão, o Coritiba também foi aquilo tudo descrito acima para segurar o empate contra o Grêmio – que apostava na vitória para chegar à segunda colocação. Só não teve um jogador a menos durante o jogo, mas, em compensação, teve de adaptar o time às opções para suprir a ausência de seis titulares. E sem solução para a posição de Deivid, já que Marcel foi nulo em campo e em momento algum ameaçou a área dos gaúchos.

Sem poder de ataque, a prioridade, então, foi caprichar na defesa. E isso o Coxa fez com precisão. Sem personificar aquela retranca clássica, dos desesperados, fechou os espaços em duas linhas de marcação e ainda arriscou algumas estocadas, com Rafinha e Éverton Ribeiro. Pena que infrutíferas, pela falta de alguém de melhor trânsito ali nas imediações do gol adversário.

Por conta da falta de melhor material humano à disposição, o empate foi considerado bom resultado. Já não se fala mais em rebaixamento, agora é bola pra frente.

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